terça-feira, 24 de abril de 2018

O que é planejar?

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O ato de planejar não é somente construir e aplicar atividades pedagógicas mas também configura-se num ato político. Portanto planejar vai muito além de estudo de valor, ético, político e pedagógico, que pode contribuir ou não com o ensino-aprendizagem de qualidade.O planejamento não pode ser um ato mecânico mas sim ter a participação do educando e que a elaboração das atividades vá de encontro aos interesses do educando, levando em consideração sua bagagem de vivências e suas peculiaridades.
 A partir  da leitura do texto de Rays (2000), foi elaborado  um quadro contendo os cinco principais momentos descritos pelo autor, fazendo uma relação entre essas ideias e a prática docente cotidiana.

MOMENTOS
PRINCIPAIS IDÉIAS
DEGUSTAÇÃO
RELAÇÃO COM A PRÁTICA
  1. “Escola e realidade social”



O planejamento deve estar relacionado com a realidade social do educando. A partir dessa realidade construir aprendizagens pedagógicas e políticas.
O educador deve incentivar o educando através das aprendizagens a se tornar um futuro cidadão mais critico e determinado.
Proporcionar atividades de acordo com o interesse e realidade do educando.
  1. “Retrato sociocultural do educando”



As vivências e o meio que o educando vive ira dar subsídios para a estruturação das propostas pedagógicas.
O educador/educando interagem juntos na busca de novos conhecimentos através de dialogo, levando em consideração a especificidade de cada grupo.
Observar, estruturar e reestruturas aprendizagens de acordo com a realidade sociocultural dos educandos.
  1. “Objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de ensino”


O educador ao elaborar uma atividade não pode esquecer que a mesma tem que incluir os três objetivos de ensino-aprendizagem: assimilação, elaboração e recriação do saber. O conteúdo a ser dado deve ser trabalhado de forma concreta e com significado para o educando de acordo com a realidade que está inserida.
Quando o educando participa de forma concreta e ativa, ele entende melhor o que o educador esta propondo naquele momento.
Proporcionar aprendizagens significativas em que o aluno poderá construir novos conhecimentos, mas sem esquecer-se da bagagem de vivencias que ele já tem.
  1. “Procedimentos de ensino-aprendizagem”



A participação direta ou indireta do educando nos planejamentos auxiliará o educador a construir as atividades. Os objetivos são pensar para repensar, repensar para agir e agir para transformar.
Pensar, agir e transformar são formas que iram contribuir para o desenvolvimento critico-reflexivo do educando.
Elaborar atividades voltadas para a realidade do educando, construir projetos adequados e do interesse da criança, oportunizar momentos em que o educando possa se fazer ouvir.
  1. “Avaliação da aprendizagem”



O principal objetivo da avaliação não está em classificar o educando, mas dar instrumentos ao educador que o ajude a melhorar o desenvolvimento das aprendizagens.
Essa nova forma de avaliar surge para incluir o aluno e não para medir seus conhecimentos.
Observar o grupo e planejar aprendizagens significativas de forma que os educandos sejam respeitados em suas especificidades


Referencias:
Texto: Planejamento de Ensino um ato Político-Pedagógico de Rays.

O que aprendemos...

   

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Na interdisciplina do Seminário Integrador VII foi proposto fazer um resumo e releitura de textos que foram lidos em semestres anteriores. Através dessas releituras teríamos que construir um texto em sala, individual e avaliativo. Diante dessa tarefa percebi o quanto ainda tenho que aprofundar mais minhas leituras e minha escrita. Abaixo coloco o texto que produzi naquele dia .


Na cena apresentada às professoras relatam o cotidiano de muitas escolas. Na instituição em que eu trabalhava os professores acreditavam que as crianças só podiam reproduzir algo, quando este copiava e quando demonstravam desinteresse eram colocados na cadeirinha do pensamento. Muitas vezes eles mesmos faziam o trabalho da criança por acharem que ficava mais bonito além de que alguns tinham mais privilégios do que outros por serem crianças de poder aquisitivo maior e as outras eram deixados de lado por serem pobres.
A rotina das salas era muito repetitiva, todos fazia tudo ao mesmo tempo, isso me lembra do conceito de Maquinaria escolar onde o professor deveria ser obedecido sem ser questionada, a educação de qualidade quem recebia era os filhos dos nobres e reis. A realidade da educação muitas vezes é está ele e somente ele tem o conhecimento, nesta epistemologia diretiva  o professor passa os conteúdos e o aluno copia sem ao menos entender o que está sendo proposto. É importante as tarefas serem propostas a partir dos interesses do aluno, mas têm que ser algo planejado, não pode ser desorganizado, mas sim tarefas que busquem um aprendizado significativo para ele.
“Uma questão muito debatida é sobre a postura do professor, por exemplo, diante dos conteúdos escolares”. Mas não se trata do saber para impor, submeter ou induzir uma criança. Em uma visão não construtivista a resposta ou mensagem do professor é o que interesse. Em uma visão construtivista, é a pergunta ou situação problema que ele desencadeia nas crianças.” Macedo 1992.
Trabalhar em uma escola em que os professores pensam de forma tradicional é muito difícil quebrar essa linha de pensamento. É preciso fazer formações, reflexões sobre outras formas de dar aula. Introduzir uma educação construtivista, e levar os professores a pensarem mais no aluno de forma que eles proporcionem tarefas instigantes em que o aluno se sentira motivado e curioso foi um caminho difícil para mim como coordenadora dessa instituição em que trabalhava. Foram muitas mudanças e nariz torcido. As salas começaram a ter outra aparência. Os professore começaram a observar mais as crianças e projetos foram construídos a partir do interesse das crianças.
Segundo Freire(1991) O professor passa a ser um mediador, existe um diálogo entre professor\aluno, os conteúdos estudados são propostos conforme interesse do aluno. A escola referida dessa pedagogia, no mundo todo,é a escola da ponte, voltada inteiramente para uma aprendizagem democrática e inclusiva.”
As escolas democráticas são baseadas na liberdade,  acredita no sujeito como um todo e dentro desse conceito ele aprenderá e se tornará um multiplicador de novos conhecimentos. É um espaço em que todos participam ativamente, neste ambiente o aluno busca seu conhecimento tornando-se autor de suas aprendizagens. As crianças de inclusão, conforme o grau de deficiência é tratado igual a qualquer aluno. Nessa perspectiva de aprendizado o aluno desenvolve a autonomia e estimula o desenvolvimento do próprio aluno.
“... Na escola britânica nenhum adulto impõe sua autoridade a criança. Hoje administrada pela filha Neil Zoe Readhead, a escola tem 73 alunos matriculados.” Revista Educação 2009.
Diante da cena que foi descrita e dos conceitos estudos conclui-se que a educação passou e têm passado por diversos conceitos. Os professores que querem e acreditam em seu aluno procuram sempre estar atualizados em relação a propor novas formas de aprendizagem, levando em conta que a criança não é uma folha em branco, mas sim um sujeito quem carrega consigo uma bagagem de conhecimentos e vivências.



Referências:
Referência: BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.89-96, 01 jun. 1994. Semestral. 19(1). Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/260250772/BECKER-Fernando-Modelos-pedagogicos-e-modelos-epistemologicos-2-pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018.
·         Escola democrática
Referência: TOSTO, Rosanei. Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN 2175-3318. v. 4. 2011. Disponível em: <http://docplayer.com.br/7270548-Escolas-democraticas-utopia-ou-realidade.html>. Acesso em: 10 abr. 2018.
·         O construtivismo
Referência: MACEDO, Lino de. O Construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993. 18(1). Disponível em: <https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional/>. Acesso em: 10 abr. 2018.
·         Maquinaria Escolar
Referência: VARELA, Julia et al. A Maquinaria Escolar. Teoria & Educação, São Paulo, n. 6, p.68-96, 1992. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/70553618/Julia-Varela-e-Fernando-Alvarez-Uria-Maquinaria-Escolar-1>. Acesso em: 10 abr. 2018.


quarta-feira, 11 de abril de 2018

A importância da EJA


                                                  Resultado de imagem para EJA
Um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e economicamente,mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte, se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado, se recebe cartas que outros lêem para ele, se dita cartas para alfabetizado as escreva..., se pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é de certa forma, letrado, por que faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura e de escrita ( Soares, Magda, p.24, 1998).
Com base em estatísticas o Brasil continua com um grande número de analfabetos. A escolarização de jovens e adultos passou por diversas transformações até chegar   os dias atuais EJA ( educação de jovens e adultos). Nesse sentido todas as modalidades de ensino criadas para jovens e adultos foram criadas para resgatar aquele indivíduo que não teve acesso a leitura e a escrita e por um motivo ou outro tiveram que abandonar os estudos cedo demais. Dentro dessa reflexão a Educação de Jovens e Adultos é um caminho em que todas as pessoas de diferentes idades podem desenvolver diferentes habilidades numa troca mutua de experiências e vivências. Desse modo é importante relatar que a EJA representa uma divida do governo junto a esses indivíduos que muito cedo foram trabalhar para ajudar a família. Portanto um dos propósitos da Educação de Jovens e Adultos e a função Reparadora em que o sujeito é reconhecido como cidadão de direitos e deveres, podendo ter uma educação igualitária e de qualidade. Desse modo a EJA  cria oportunidades em que esse estudante terá uma qualificação adequada para o mercado de trabalho e consequentemente conquistará seu espaço social na sociedade.No que se refere aos desafios da EJA podemos citar: 
*acabar com a evasão escolar;
*criar métodos pedagógicos que desperte o interesse do aluno incentivando a compreensão e a construção do conhecimento;
*conscientizar a sociedade que os menos desfavorecidos também têm direito a educação de qualidade.
Logo concluí-se que a EJA é um direito de todos com o propósito de formar pessoas que exerçam sua cidadania diante da sociedade e que todo sujeito pode aprender e adquirir conhecimento e valores tanto no espaço escolar como fora dos muros da escola.




Referências:
Parecer CEB no 11/2000 Parecer Jamil Cury- Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA.
Friedrich, Marcia et al. Trajetória da escolarização de Jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Comênio, Pai da Didática e a Educação



                     

Resultado de imagem para comênio e a educaçãoDe acordo com alguns historiadores a preocupação com a Educação é um assunto que já vem sendo discutido há séculos. Comênio, o pai da didática, um professor que revolucionou a educação propondo diferentes formas de ensinar e aprender. De acordo com Comênio, ele acreditava numa educação para todos, igualitária, sem distinção de classe social ou sexo.

È inquestionável que os séculos passarão, houve muitas transformações em relação à educação, a metodologia de ensinar mudou em algumas escolas, professores se qualificaram, mas ainda há uma grande preocupação de alguns professores. Dessa maneira se percebe que ensinar reproduzir uma aula com informações pré-estabelecidas em que o aluno apenas acumule as informações sem ao menos questionar o que está sendo proposto nos dias atuais já não serve mais. É importante considerar que o aluno não é uma tabula rasa, mas sim que ele já tem uma bagagem de vivências. Sabe-se que ainda hoje ainda existem professores que ensinam de forma tradicional, onde o educando recebe calmamente tudo que lhe é ensinado sem contestar, pois para ele o professor é detentor do conhecimento. No entanto no meu cotidiano escolar posso ver claramente o quanto o meu fazer pedagógico tem se transformado através de leituras e reflexões feitas juntamente com minha formação em cursos e faculdade. Minha didática é semelhante ao Pai da Didática no que se refere a uma educação em que a criança deve ser respeitada, ouvida e acolhida. Acredito numa educação em que o professor pode ser mediador do ensino-aprendizagem promovendo atividades e brincadeira em que os alunos/crianças criem hipóteses sendo protagonistas de seus conhecimentos.





Bibliografia:
Doll,Johannes, Rosa Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In__(orgs). Metodologia de Ensino em foco: Práticas e Reflexões. Porto Alegre: UFRGS,2004,p.26-29.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Tecnologia Digital


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Cada vez mais as Tecnologias digitais vem ganhando espaço no mundo. O homem tem descoberto diferentes de se comunicar desde o livro impresso até o aparecimento da era digital. Vivemos uma época em que a comunicação se faz urgente, onde o sujeito usufrui de diferentes formas de se comunicar, construindo novas aprendizagens tornando-se autor e protagonista de seu conhecimento. Desse modo percebe-se que  no Brasil uma grande movimentação em relação as exigências de qualificação e formação de profissionais da educação. Assim como as grandes empresas pedem qualificação na área da tecnologia digitais, as escolas também incorporam essa ferramenta para auxiliar nos conteúdos de currículos dados  em sala. Não resta duvida que o uso crescente dessa tecnologia: celulares, tablets entre outro tem qualificado a educação e modificado muito o fazer pedagógico de educadores e professores. Mas é importante salientar que a maioria dos professores aprendem a lidar com essas ferramentas sozinhas ou pagam por seu aprendizado, sendo que essa formação deveria ser ofertada por órgãos do governo, já que as tecnologias digitais fazem parte da vida escolar dos alunos e professores.
Desafios e atividades podem ser dosados, planejados e acompanhados e avaliados com apoio de tecnologias. Os desafios bem planejados contribuem para mobilizar as competências desejadas, intelectuais, emocionais, pessoais e comunicacionais. Exigem pesquisar, avaliar situações, pontos de vista diferentes, fazer escolhas, assumir alguns riscos, aprender pela descoberta, caminhar do simples para o complexo, (Moran,2015, p.18).
Dessa forma Moran nos faz refletir o quanto as tecnologias digitais podem auxiliar os professores  nos projetos de aprendizagem qualificando o desenvolvimento de competências.
Cabe ressaltar que muitos desafios ainda estão por vir, o caminho é longo. É certo que a governança e os políticos garantam o acesso de todos a essas tecnologias digitais e que as escolas participem desse processo criando espaços para essa cultura digital.


Bibliografia:

Lopes e Schlemmer- A cultura digital nas escolas.
Tecnologias Digitais na Educação básica: desafios e possibilidades.