Todos nós fazemos parte de uma sociedade, estamos
todos interligados e fazemos parte da raça humana. Pertencer á algum lugar nos
faz pensar em quem somos, onde estamos e por que aqui estamos. Todos nós como
pessoas somos autores e atores da nossa vida e desse modo devemos ter a
consciência de que todas as nossas decisões, ações ou omissões tem
consequências. Fazendo uma reflexão nesse sentido temos o compromisso de
respeitar a vida, a individualidade e a diversidade. Todos são diferentes, com
suas diferenças culturais, de religião, de etnias, conhecimento e de diferentes
ritmos de aprendizagem. O Brasil é um dos países que tem uma fusão
significativa de raças e essa rica diversidade deve ser respeitada através de
atitudes e valorização das diferenças raciais e étnicas.
Declaração sobre
Raça e Preconceito Racial, 1978.
“Artigo 2º - Todos os indivíduos e grupos têm o
direito de serem diferentes, de se considerarem diferentes e de serem vistos
como tal. Entretanto, a diversidade de estilos de vida e o direito de ser
diferente em nenhuma circunstância devem servir como pretexto para o
preconceito racial, não pode justificar leis, fatos ou práticas
discriminatórias, nem promover políticas de apartheid, o que é uma forma
estrema de racismo.”
A escola é um espaço onde as crianças vivem
experiências e vivências desenvolvendo-se e percebendo-se como cidadão
pertencente a um grupo social. E foi neste espaço de cuidado e aprendizado que
presenciei uma cena da profª X com um de seus alunos.
-Um aluno
negro, gordinho, de olhos grandes e meigos era constantemente chamado de olhos
famintos, esfomeado e sujinho.
Fato este que me incomodava bastante, uma falta de
respeito e crueldade que vinha de outro ser humano era algo que para mim não
poderia acontecer. Por diversas vezes chamei a atenção dela em relação a esse
fato, mas meu argumento de nada adiantou. O que me deixa triste é pensar que o
racismo está presente no nosso dia a dia, apesar de todo desenvolvimento da
sociedade ainda encontramos varias formas veladas de preconceito e
discriminação por causa das diferenças raciais e sociais. Esse tipo de atitude
pode deixar marcas gravíssimas, marcas profundas que ferem a alma. São esses
maus tratos psicológicos em forma de humilhações ou discriminações ou modo de
se referir à criança que lhe provoca sofrimento que jamais será esquecido.
Segundo o Psicólogo Henri Wallow:
“as emoções são o primeiro recurso de interação da
criança com o meio social”
Cada criança tem suas próprias características, cada
um é único e o professor deve levar em conta sua singularidade, sempre
respeitando suas diferenças como um todo. Podemos concluir, então, que ao mesmo
tempo em que possuímos diferenças também temos semelhanças. E é nessa singularidade
do indivíduo e o convívio em grupo que se forma a vida em sociedade. Portanto
penso que para haver mais respeito ao não racismo e a diversidade necessitamos
de uma sociedade mais real que saiba respeitar e reconhecer as características individuais de cada
individuo. O direito às diferenças , é um direito de todos, é também um direito
a igualdade.
Bibliografia
Referencial Curricular Nacional
para Educação Infantil, volume 1 pag 35
O Educador no cotidiano
das crianças: organizador e problematizador 2011, pág. 11
Legislação, Políticas e
Influências Pedagógicas na Educação Infantil, volume 3
Oi Angela! Realmente muito triste! Na escola temos que fazer de tudo para que ações de discriminação e preconceito não aconteçam. A escola é um recorte da sociedade e como espaço institucional, de convivência, precisa combater ações cruéis como estas. Parte das ações das pessoas, na sociedade, são experimentadas antes na escola. Todos passamos pela escola como alunos. Na escola, na família e na sociedade o investimento precisa ser feito para o combate a discriminação. Segue teus estudos e tuas escritas que continuarei passando por aqui e te acompanhando. Abraço, Betynha ;0) (Tutora PEAD2/UFRGS - VI Eixo)
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