Ser diferente não quer dizer impossibilitado.
A interdisciplina Educação de Pessoas Especiais nos
levou a fazer um levantamento sobre dados de inclusão e cheguei a conclusão que
nós educadores não estamos preparados para atender essa criança que chega a
escola e necessita de um atendimento especializado com recursos que garanta o
desenvolvimento das potencialidades dessa criança. Crescemos ouvindo que todos
nós somos diferentes, isto quer dizer que cada um de nós é especial no seu modo
de ser. Nossas características estão pela forma como aprendemos, como vemos,
sentimos e reagimos aos acontecimentos do meio em que vivemos. Diante deste
contexto podemos concluir, que todos nós temos diferenças, mas ao mesmo tempo
possuímos semelhanças com outras pessoas que apresentam as mesmas
características. E é nessa singularidade do indivíduo e na sua pluralidade de
grupo que se forma a vida em sociedade. Portanto para se viver em sociedade
precisamos que nossas características individuais sejam respeitadas e
reconhecidas. Trabalho em uma instituição de educação infantil que atende 32
crianças, divididas em três turmas ( Maternal, JB e JÁ), três educadoras e uma
coordenadora. E nenhuma tem especialização em formação de educação especial. Trabalho
nesta escola e em nenhum momento teve uma criança de inclusão. São muitas as
diversidades sociais, mas acredito que é na educação, na família, e
principalmente inicia na educação infantil. É um grande desafio a missão de
respeitar, estimular a individualização, ao mesmo tempo em que deve incentivar
a compartilhar sentimentos, comportamentos e valores comuns ao meio em que
vivemos.
O princípio
fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as
crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e
crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de
populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicos ou
culturais e crianças de outros grupos e zonas desfavorecidos ou marginalizados.
(Brasil, 1997, p. 17 e 18).
Portanto
concluo essa lauda com três perguntas que me inquieta:
*Em
que momento essa criança com necessidades especiais constitui um problema para
as educadoras?
*Como
proceder?
*De
que forma utilizar esses recursos para fazer com que essa criança diferente
possa ter acesso ao espaço público?
Referências:
Cadernos
Pedagógicos- Fundação Mauricio Sirostsk Sobrinho
Mec/
Secadi Politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação
Inclusiva
Lei
Brasileira de Inclusão
Oi Angela. Realmente, é bem necessário que se pense sobre a inclusão nas escolas. Independente do diagnóstico, cada sujeito responde de uma maneira impar. Analisando, experimentando e estabelecendo redes de apoio as professoras pesquisadoras conseguirão com certeza escolarizar seus alunos. Lembra do Vídeo do Carlos Bernardo Skliar? A "Escola é um espaço para que a infância dure mais. ... Alunos precisam se conhecer e conhecer seus pares. ... Escola precisa ter hospitalidade, todos são bem vindos para conviver, para aprender a viver em uma atmosfera harmoniosa." Desta forma, como ele mesmo também pontua, "precisamos estar predispostos a ensinar a qualquer um e a cuidar de cada um." Precisamos sim, ter como premissa básica, a ideia de que há espaço para todos, na Escola. Pois a escola é um espaço para que, mesmo? A escola prepara para que? Precisamos estar atentas, não é verdade? Segue escrevendo que estou por aqui acompanhando. Abraço, Betynha ;0) (Tutora PEAD2/UFRGS - VI Eixo)
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