domingo, 17 de dezembro de 2017

A forma de pensar do aluno.







O Método Clinico desenvolvido por Jean Piaget nos auxilia a compreender os diferentes comportamentos infantis. A realização do método clinico nos faz refletir o quanto temos que estimular mais a criança, sem intervir na sua resposta. O método clinico não é só observação mas sim um instrumento de investigação onde o professor propõe atividades de aprendizagem significativas com a proposta de compreender o raciocínio da criança.
É importante para o professor conhecer a forma de pensar de seu aluno e perceber que cada sujeito é um indivíduo como um todo e que suas experiências dão suporte para que ele possa assimilar e transformar suas vivências em conhecimento  e novos saberes.

Sensório-motor Média até dois anos

Pré-operatório
Média dos 2 aos 7 anos 

Operatório concreto
Média dos 7 aos 12 anos

Operatório formalMédia a partir dos 12 anos

Período marcado pela ação sobre a realidade, sem representação da mesma

Início da capacidade de representação da realidade

Capacidade para realizar operações a nível mental, porém, relativas ao mundo concreto

Pensamento probabilístico

Inteligência prática

Antropomorfismo

Capacidade para fazer classificações e seriações

Raciocínio sistemático, com controle de variáveis

Egocentrismo

Raciocínio transdutivo

Surge a noção de número

Capacidade para pensar em termos hipotéticos

Não conservação do objeto, ou seja, o objeto deixa de existir quando sai do campo visual

Pensamento irreversível

Surge a reversibilidade do pensamento

Pensamento proporcional

Anomia

Artificialismo

Surge a conservação das propriedades físicas do objeto, como quantidade, peso e volume

Capacidade de jogar jogos de regras

 

Pensamento mágico

Capacidade de jogar jogos de regras

Descentração do pensamento

 

Egocentrismo

Descentração do pensamento

Análise combinatória

 

Centração do pensamento

Autonomia moral  

Autonomia moral  

 

Pensamento intuitivo

 

 

 

Pensamento centrado na percepção

 

 

 

Animismo

 

 

 

Realismo

 

 

 

Realismo nominal

 

 

 

Heteronomia

 

                                      

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Menino ou Menina brinca de que?




Desde cedo é importante saber valorizar diferentes raças, gêneros e pessoas com necessidades especiais. Preconceito e discriminação são inevitáveis. Para que eles saibam lidar com a diferença de maneira mais sensível é importante tratar desse assunto não só em datas comemorativas como um conteúdo específico mas que seja inserido nas práticas pedagógicas através de brincadeiras, leituras. As crianças brincam pelo prazer de brincar. E no brincar que ela se comunica e reproduz o seu cotidiano. É importante a criança brincar, ajuda no seu desenvolvimento tanto no aspecto físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo.


“O brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade, já o jogo explicitamente ou implicitamente determina o desempenho de certas habilidades definidas por uma estrutura predeterminada no objeto em si e em suas regras. Para a autora a brincadeira é ação que a criança desempenha ao realizar as regras do jogo, ao ir fundo, ao se envolver completamente na ação lúdica. É o lúdico em ação. Assim, o brinquedo e a brincadeira se relacionam exatamente com a criança e não se confundem com o jogo.  KISHIMOTO 2007


O texto “Educação na e para a diversidade” nos mostra que a escola tem o compromisso ético e o desafio tem formar e desenvolver nos sujeitos noções de reciprocidade, pluralidade, experiência, exercício da critica  e bem viver possibilitando assim um espaço dialógico onde o sujeito torna-se atuante, reflexivo e transformador.
A proposta da tarefa foi proporcionar um espaço, detalhe a turma tem 14 meninos, o canto foi organizado com prateleiras uma com bonecas e outra com carrinhos e um baú com diversas fantasias de bailarinas, bruxa, vestidos e acessórios. Eles foram convidados a explorar o ambiente. Entraram e foram direto para os carrinhos com exceção de um menino que pegou uma boneca. Alguns riram. “Menino brinca de carrinho”. “Menininha”. Mas ele ficou indiferente. “Minha mãe disse que posso brincar com boneca”. “Meu pai disse que é coisa de bichinha”. “Não é não”. Neste momento intervi pra acalmar os meninos. Depois foi tranquilo. Aos poucos outros meninos sentaram, pegaram bonecas e carrinhos. A brincadeira e o diálogo transcorreram tranquilo.
 “Agora é minha vez”. “Eu sou uma bailarina”.




Referências:
Genro,Maria Elly Hertz.CEREGNATO, Célia Elizabete. Educação na e para a diversidade

Revista. Fundação aprender.org.