terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Tarefas Instigantes

A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.... Frase de Nelson Mandela.



O seminário integrador sempre propõe tarefas instigantes e desafiadoras que nos levam a analisar e refletir sobre determinado assunto. Muitas vezes não sabemos como começar determinado assunto, SI nos ajuda a percorrer esse caminho de pesquisa. Desenvolver um pequeno projeto sobre  o Preconceito Racial mostrou o quanto o racismo se faz presente na sociedade. Um preconceito velado mas existe. Em minhas pesquisas compreendi o quanto é importante trabalhar com conceitos sobre Racismo, pois ninguém nasce racista, a criança aprende aquilo que vive em seu meio social. O seminário Integrador sempre nos oportuniza novos conhecimentos.

Questões étnico-raciais e diversidade na escola.


                                       Resultado de imagem para diversidade racial
Descrever e refletir sobre questões relacionadas a diversidade acerca da Diversidade étnico racial foi um grande desafio. São questões que nos inquietam e desacomodam, nos levam a perceber que não sabemos tudo, mas que podemos estar sempre aprendendo coisas novas e a desconstruir aprendizagens e práticas.  É na educação infantil, o primeiro espaço em que ela começa a se relacionar em grupo, um espaço rico e privilegiado em que a criança pequena pode vivenciar essas relações multicultural de diversidade étnico-racial, onde ela começa a aprender regras, ter suas preferências e a brincar em grupo, bem como a respeitar o outro e a si mesmo. A interdisciplinar de Questões étnico-racial nos proporcionou pesquisar e buscar textos referentes a diferentes etnias culturais e raciais. Toda essa busca me fez refletir sobre minha experiência como professora. A partir dessa busca e pesquisas feitas conclui que nós professores temos que nos qualificar dando sentido ao que queremos ensinar e nessa construção de novos saberes iremos ajudar os alunos a saírem da sua zona de conforto buscando a aprender novos conhecimentos, desconstruindo assim ideias pré-estabelecidas. Foi um semestre intenso, cheio de desafios e reflexões sobre diversidade, diferenças, identidade, respeito, tolerância, religiosidade, pluralidade, singularidade e cultura. Trabalhar esses conceitos foi uma busca de novas descobertas e aprendizado. Uma das tarefas da interdisciplina pediu que fizéssemos uma pesquisa relacionada ao censo da escolar da escola em que trabalho, mas para minha surpresa, eles não usam essa ferramenta de pesquisa. Acredito que o censo escolar é importante, pois é um instrumento que nos mostra dados relativos às diversas etnias existentes no espaço escolar. Portanto sem sombra de duvida é importante pesquisar e investigar sobre a cor e raça e ver o quanto ainda existe desigualdade sociais não só no Brasil, mas em diversas partes do mundo. São dados que nos mostra a constituição do nosso povo. Como a instituição que trabalho não faz censo escolar, fiz de outra forma. Na minha sala é possível observar a presença de alguns grupos étnicos: brancos , negros e pardos. E foi através dessa observação que na roda de conversa que uma das crianças que é negra e se diz ser branca, isso me chamou atenção. Diante desse fato, fiz alguns questionamentos: o porquê a não aceitação de sua cor? De que forma abordar essa questão? Abordar diferentes assuntos na rodinha, como etnias, raça, religião etc...oportuniza ao professor ver como cada um se vê em relação a sua cor. Foi interessante ver como cada criança se constitui, cada uma se enxerga de uma maneira. É importante levar para sala de aula atividades significativa, pois a criança aprende mais aquilo que ela sente, toca e interage. A criança precisa perceber e reconhecer com pessoa de direito sem preconceito e discriminação em relação a sua cor. Assim como a criança negra, a criança indígena também sofre preconceito. Segundo a pesquisadora Guarani-Kaiowa Elda Vasques Aquino (2012), acredita que a criança indígena precisa aprender profundamente sobre sua cultura, só assim poderão mostra e interagir com outras pessoas mostrando sua cultura para o mundo. A partir disso podemos observar que é na escola que a criança aprende sobre a historia e cultura africana, afro-brasileira e indígena. Os valores sociais ganham novos significados.
A esse respeito Gomes ( 2007, p32 aponta)
“A cultura é aprendida: poderíamos dizer que ela é uma herança inexorável dos indivíduos, senão são os próprios que devem realizar percursos de inserção( aprendizagem) na cultura de seu grupo. Um ser humano que não tenha possibilidade, isto é, alguém que não cresça em contato com qualquer cultura, dentro de um grupo humano, sozinho não reinventa a cultura do seu grupo e nem inventa a sua própria- posto que se trata de algo da ordem do social e do coletivo ( grifos do autor).
Palavras finais
É importante que as escolas construam projetos e criem estratégias para novas práticas pedagógicas, valorizando assim as diferentes culturas tendo como foco principal a igualdade racial. As oficinas podem oportunizar para outras crianças situações de aprendizado onde elas poderão ensinar sua cultura, seus saberes para outras pessoas.
Nós professores podemos contribuir de forma mais efetiva para que o negro e o índio, tenham uma educação igualitária e deixem de ser invisíveis para se tornarem cidadãos de fato com  direitos e deveres.
Bibliografia:
Crianças indígenas, educação, escola e interculturalidade, Bergamaschi, Maria Aparecida. Menezes, Ana Luiza Teixeira
Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Legislação, orientações, ações na educação da relação étnico-racial.

A cor ou raça nas estatísticas educacionais- uma análise dos instrumentos de pesquisa do Inep Arquino.

Que papel estou desempenhando?

                                       Resultado de imagem para desafio do professor em sala de aula
Essa pergunta me fez pensar e voltar no tempo. Quando comecei a desempenhar a função de educadora, na instituição que atualmente trabalho era de forma castradora. Uma educadora onde todos tinham que fazer tudo ao mesmo tempo, perguntar nem pensar, se sujar muito menos mas felizmente isso acabou. Voltei aos estudos, busquei formação na área e aprendi que quanto mais oportunizamos atividades significativas, mais eles desenvolvem suas habilidades. O professor hoje tem o desafio, isso juntamente com 30 alunos, o que na maioria das vezes dificulta enxergarmos aquela criança que se destaca no meio de todos. Proporcionar atividades diferentes que  irão estimular esse aluno no conhecimento de novos saberes.  Na turma do jardim B tinha um aluno, o Pedro, 6 anos , se destacava dos demais por seus questionamentos que eram feitos na hora da rodinha, muitas vezes tinha que cortar a fala dele dizendo que em outro momento o assunto seria retomado. Ele usava um vocabulário diferente dos demais e tinha argumento para tudo que falava. A mãe relatou que ele adorava  assistir jornal nacional e globo repórter. É importante incentivar esse aluno , oferecer desafios, que vão além do currículo, que desenvolvam suas aprendizagens.

O dilema do antropólogo Francês Claude




                                                   
                                      Resultado de imagem para O dilema do antropólogo Francês Claude

O antropólogo francês Claude nos fez refletir sobre a importância da cultura de cada povo, cada um tem seus hábitos e costumes. Acredito que todos tem direito a vida, é um direito natural que independe de credos e crença. Cada povo transmite sua cultura de formas diferentes e deve ser respeitada e valorizada. O antropólogo foi imparcial, mesmo não concordando ele soube respeitar a pratica cultural daquele povo. Não concordo com a decisão do antropólogo penso que ele deveria mostra ao povo a importância da preservação da vida humana.

Que cor: eu, tu, ele, nós temos?




Elaborar um projeto sobre um assunto bastante polêmico e atual me fez pesquisar e refletir de que forma iria aborda-lo com as crianças da educação infantil. Foi preciso muita reflexão e questionamentos até concluir que a melhor forma seria com historias infantil e dessa conclusão surgiu à ideia de trabalhar com as bonecas Abayomi e como adapta-las a faixa etária do jardim.
Com essa atividade pude exercer um papel investigativo, e lendo o que diz as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil que toda criança tem direito:
    \\o reconhecimento, a valorização, o respeito e a interação das crianças com as histórias e as culturas africanas, afro-brasileiras, bem como o combate ao racismo e a discriminação (DCNEI, pág23).
Escolhi trabalhar história infantil e Diversidade Étnica, pois acredito que se deva trabalhar com essa temática desde a educação infantil.
Executando Projeto
A atividade foi feita em dois momentos: A leitura da Historia, “Que cor é minha cor? ( Martha Rodrigues.





Após a leitura do livro foi feito alguns questionamentos sobre a historia:
*Como era a menina da história?
-preta (Nicolas)
-acho que marrom prof (Rickson)
-igual ao pai e a mãe dela (João)
-um pouco preta e um pouco marrom (felipe)
*Aqui na sala todos são iguais?
-não né prof( Nicolas)
*Por quê?
- porque uns são preto, marrom e branco ( Miguel)

*Algum problema em ser diferente do outro?
-Não ( Miguel)
-Acho que Deus gosta de todo mundo. (João)
- Minha mãe não gosta de mim, foi embora,eu sou preto.
Esse momento me causou um impacto imenso, tive que respirar e dizer alguma coisa.
-Olha só Nicolas às vezes os adultos têm problemas que precisam resolver sozinhos, mas não tem nada a ver com ser branco ou negro. Ela gosta de ti muito, mas no momento ela tem que fazer um tratamento que precisa ficar no hospital.
A segunda etapa foi a construção da boneca Abayomi em tecidoTNT.
Antes da confecção da boneca fiz um relato sobre o significado da boneca Abayomi.
Abayomi:
Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros- navio de pequeno porte que realizava transporte de escravos entre a África e Brasil- as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção. As bonecas símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, o termo significa, encontro precioso, em IORUBA, uma das maiores etnias do continente Africano cuja população habita, parte da Nigeria, Benin, Togo e Costa do Marfim.
Este foi o resultado da construção da Abayomi.



Meu mundo azul

Conclusão:
A pesar de a turma ser só de meninos a confecção da boneca foi bem aceito. Esta atividade foi realizada com o JB com o intuito de sensibilizar as crianças desde pequenas em relação à diversidade étnico-racial. Trabalhar com eles atividades significativas a fim de vencer o preconceito que insiste em se manter vivo em nossa sociedade, somente através da educação que o preconceito será combatido e a criança negra terá sua autoestima fortalecida.


Referências:

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica.

Respeito e combate ao Racismo

                                         
                                            Resultado de imagem para etnias raciais

O maior desafio da educação é criar mecanismos que ajudem a criança negra, desde cedo, a se ver como negra e a se respeitar. Oportunizar brincadeiras e atividades significativas como danças africanas, jogos, musicas, capoeira que fazem parte da cultura do seu povo. Mas não é só a escola que deve ensinar a criança a combater o racismo mas a família também tem um papel importante nesse processo de combater o racismo.
A família e a escola tem que andar juntas. A família tem que ficar atenta, ensinando ao filhos que não se pode discriminar ou fazer brincadeiras e colocar apelidos relacionados a cor do outro. Todo ser humano tem direitos, suas qualidades, seus valores e que o respeito não depende da cor ou raça da criança. É preciso educar a criança para a convivência saudável no espaço em que ela está inserida. Todos os seres humanos são iguais ao mesmo tempo que são diferentes.

A sombra da Mangueira

                           
Resultado de imagem para praticas educativas segundo paulo freire
                                                                  Síntese Paulo Freire
                                                                    A sombra desta Mangueira

O livro “A sombra desta Mangueira retrata os pensamentos de Paulo Freire em relação a uma busca constante sobre novos conceitos e conhecimentos em relação a educação. Uma educação que reconheça que a criança, o educando, pode ser autor ativo de suas aprendizagens, construindo novos conhecimentos a partir do que já sabem. Paulo Freire faz uma profunda analise em relação a essas praticas pedagógicas, ele reconhece a importância da educação. A sociedade está inserida em um novo contexto de educação. E é nisso que Paulo Freire nos faz refletir, nesse novo espaço e tempo onde vivemos. O papel do professor é criar praticas educativas que desafie seu aluno , a aguçar sua curiosidade na busca de verdades escondidas, descobrindo um mundo cheio de coisas novas. Pensando nesse caminho é que podemos perceber que o educando ao se sentir desafiado, ira refletir e pesquisar mais. Portanto a responsabilidade ética e política do professor está em não se acomodar mas dar voz ativa ao aluno, deixando que ele expresse suas ideias, pensamentos havendo assim um clima dialógico.