Na interdisciplina do Seminário Integrador VII foi proposto fazer um resumo e releitura de textos que foram lidos em semestres anteriores. Através dessas releituras teríamos que construir um texto em sala, individual e avaliativo. Diante dessa tarefa percebi o quanto ainda tenho que aprofundar mais minhas leituras e minha escrita. Abaixo coloco o texto que produzi naquele dia .
Na
cena apresentada às professoras relatam o cotidiano de muitas escolas. Na
instituição em que eu trabalhava os professores acreditavam que as crianças só
podiam reproduzir algo, quando este copiava e quando demonstravam desinteresse
eram colocados na cadeirinha do pensamento. Muitas vezes eles mesmos faziam o
trabalho da criança por acharem que ficava mais bonito além de que alguns
tinham mais privilégios do que outros por serem crianças de poder aquisitivo
maior e as outras eram deixados de lado por serem pobres.
A
rotina das salas era muito repetitiva, todos fazia tudo ao mesmo tempo, isso me
lembra do conceito de Maquinaria escolar onde o professor deveria ser obedecido
sem ser questionada, a educação de qualidade quem recebia era os filhos dos
nobres e reis. A realidade da educação muitas vezes é está ele e somente ele
tem o conhecimento, nesta epistemologia diretiva o professor passa os conteúdos e o aluno copia
sem ao menos entender o que está sendo proposto. É importante as tarefas serem
propostas a partir dos interesses do aluno, mas têm que ser algo planejado, não
pode ser desorganizado, mas sim tarefas que busquem um aprendizado
significativo para ele.
“Uma questão muito debatida é
sobre a postura do professor, por exemplo, diante dos conteúdos escolares”. Mas
não se trata do saber para impor, submeter ou induzir uma criança. Em uma visão
não construtivista a resposta ou mensagem do professor é o que interesse. Em
uma visão construtivista, é a pergunta ou situação problema que ele desencadeia
nas crianças.” Macedo 1992.
Trabalhar
em uma escola em que os professores pensam de forma tradicional é muito difícil
quebrar essa linha de pensamento. É preciso fazer formações, reflexões sobre
outras formas de dar aula. Introduzir uma educação construtivista, e levar os
professores a pensarem mais no aluno de forma que eles proporcionem tarefas
instigantes em que o aluno se sentira motivado e curioso foi um caminho difícil
para mim como coordenadora dessa instituição em que trabalhava. Foram muitas
mudanças e nariz torcido. As salas começaram a ter outra aparência. Os
professore começaram a observar mais as crianças e projetos foram construídos a
partir do interesse das crianças.
Segundo
Freire(1991) O professor passa a ser um mediador, existe um diálogo entre
professor\aluno, os conteúdos estudados são propostos conforme interesse do
aluno. A escola referida dessa pedagogia, no mundo todo,é a escola da ponte,
voltada inteiramente para uma aprendizagem democrática e inclusiva.”
As
escolas democráticas são baseadas na liberdade,
acredita no sujeito como um todo e dentro desse conceito ele aprenderá e
se tornará um multiplicador de novos conhecimentos. É um espaço em que todos
participam ativamente, neste ambiente o aluno busca seu conhecimento
tornando-se autor de suas aprendizagens. As crianças de inclusão, conforme o
grau de deficiência é tratado igual a qualquer aluno. Nessa perspectiva de
aprendizado o aluno desenvolve a autonomia e estimula o desenvolvimento do
próprio aluno.
“...
Na escola britânica nenhum adulto impõe sua autoridade a criança. Hoje
administrada pela filha Neil Zoe Readhead, a escola tem 73 alunos
matriculados.” Revista Educação 2009.
Diante
da cena que foi descrita e dos conceitos estudos conclui-se que a educação
passou e têm passado por diversos conceitos. Os professores que querem e
acreditam em seu aluno procuram sempre estar atualizados em relação a propor
novas formas de aprendizagem, levando em conta que a criança não é uma folha em
branco, mas sim um sujeito quem carrega consigo uma bagagem de conhecimentos e
vivências.
Referências:
Referência: BECKER, Fernando.
Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Educação e Realidade,
Porto Alegre, p.89-96, 01 jun. 1994. Semestral. 19(1). Disponível em:
<https://pt.scribd.com/document/260250772/BECKER-Fernando-Modelos-pedagogicos-e-modelos-epistemologicos-2-pdf>.
Acesso em: 10 abr. 2018.
Referência: TOSTO, Rosanei.
Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN
2175-3318. v. 4. 2011. Disponível em:
<http://docplayer.com.br/7270548-Escolas-democraticas-utopia-ou-realidade.html>.
Acesso em: 10 abr. 2018.
Referência: MACEDO, Lino de. O
Construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade,
Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993. 18(1). Disponível
em: <https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional/>.
Acesso em: 10 abr. 2018.
Referência: VARELA, Julia et
al. A Maquinaria Escolar. Teoria & Educação, São Paulo, n. 6,
p.68-96, 1992. Disponível em:
<https://pt.scribd.com/doc/70553618/Julia-Varela-e-Fernando-Alvarez-Uria-Maquinaria-Escolar-1>.
Acesso em: 10 abr. 2018.
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