terça-feira, 24 de abril de 2018

O que aprendemos...

   

                                           Resultado de imagem para escrita e leitura

Na interdisciplina do Seminário Integrador VII foi proposto fazer um resumo e releitura de textos que foram lidos em semestres anteriores. Através dessas releituras teríamos que construir um texto em sala, individual e avaliativo. Diante dessa tarefa percebi o quanto ainda tenho que aprofundar mais minhas leituras e minha escrita. Abaixo coloco o texto que produzi naquele dia .


Na cena apresentada às professoras relatam o cotidiano de muitas escolas. Na instituição em que eu trabalhava os professores acreditavam que as crianças só podiam reproduzir algo, quando este copiava e quando demonstravam desinteresse eram colocados na cadeirinha do pensamento. Muitas vezes eles mesmos faziam o trabalho da criança por acharem que ficava mais bonito além de que alguns tinham mais privilégios do que outros por serem crianças de poder aquisitivo maior e as outras eram deixados de lado por serem pobres.
A rotina das salas era muito repetitiva, todos fazia tudo ao mesmo tempo, isso me lembra do conceito de Maquinaria escolar onde o professor deveria ser obedecido sem ser questionada, a educação de qualidade quem recebia era os filhos dos nobres e reis. A realidade da educação muitas vezes é está ele e somente ele tem o conhecimento, nesta epistemologia diretiva  o professor passa os conteúdos e o aluno copia sem ao menos entender o que está sendo proposto. É importante as tarefas serem propostas a partir dos interesses do aluno, mas têm que ser algo planejado, não pode ser desorganizado, mas sim tarefas que busquem um aprendizado significativo para ele.
“Uma questão muito debatida é sobre a postura do professor, por exemplo, diante dos conteúdos escolares”. Mas não se trata do saber para impor, submeter ou induzir uma criança. Em uma visão não construtivista a resposta ou mensagem do professor é o que interesse. Em uma visão construtivista, é a pergunta ou situação problema que ele desencadeia nas crianças.” Macedo 1992.
Trabalhar em uma escola em que os professores pensam de forma tradicional é muito difícil quebrar essa linha de pensamento. É preciso fazer formações, reflexões sobre outras formas de dar aula. Introduzir uma educação construtivista, e levar os professores a pensarem mais no aluno de forma que eles proporcionem tarefas instigantes em que o aluno se sentira motivado e curioso foi um caminho difícil para mim como coordenadora dessa instituição em que trabalhava. Foram muitas mudanças e nariz torcido. As salas começaram a ter outra aparência. Os professore começaram a observar mais as crianças e projetos foram construídos a partir do interesse das crianças.
Segundo Freire(1991) O professor passa a ser um mediador, existe um diálogo entre professor\aluno, os conteúdos estudados são propostos conforme interesse do aluno. A escola referida dessa pedagogia, no mundo todo,é a escola da ponte, voltada inteiramente para uma aprendizagem democrática e inclusiva.”
As escolas democráticas são baseadas na liberdade,  acredita no sujeito como um todo e dentro desse conceito ele aprenderá e se tornará um multiplicador de novos conhecimentos. É um espaço em que todos participam ativamente, neste ambiente o aluno busca seu conhecimento tornando-se autor de suas aprendizagens. As crianças de inclusão, conforme o grau de deficiência é tratado igual a qualquer aluno. Nessa perspectiva de aprendizado o aluno desenvolve a autonomia e estimula o desenvolvimento do próprio aluno.
“... Na escola britânica nenhum adulto impõe sua autoridade a criança. Hoje administrada pela filha Neil Zoe Readhead, a escola tem 73 alunos matriculados.” Revista Educação 2009.
Diante da cena que foi descrita e dos conceitos estudos conclui-se que a educação passou e têm passado por diversos conceitos. Os professores que querem e acreditam em seu aluno procuram sempre estar atualizados em relação a propor novas formas de aprendizagem, levando em conta que a criança não é uma folha em branco, mas sim um sujeito quem carrega consigo uma bagagem de conhecimentos e vivências.



Referências:
Referência: BECKER, Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.89-96, 01 jun. 1994. Semestral. 19(1). Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/260250772/BECKER-Fernando-Modelos-pedagogicos-e-modelos-epistemologicos-2-pdf>. Acesso em: 10 abr. 2018.
·         Escola democrática
Referência: TOSTO, Rosanei. Escolas Democráticas Utopias ou Realidade. Revista Pandora Brasil, ISSN 2175-3318. v. 4. 2011. Disponível em: <http://docplayer.com.br/7270548-Escolas-democraticas-utopia-ou-realidade.html>. Acesso em: 10 abr. 2018.
·         O construtivismo
Referência: MACEDO, Lino de. O Construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade, Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993. 18(1). Disponível em: <https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional/>. Acesso em: 10 abr. 2018.
·         Maquinaria Escolar
Referência: VARELA, Julia et al. A Maquinaria Escolar. Teoria & Educação, São Paulo, n. 6, p.68-96, 1992. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/70553618/Julia-Varela-e-Fernando-Alvarez-Uria-Maquinaria-Escolar-1>. Acesso em: 10 abr. 2018.


Nenhum comentário:

Postar um comentário