segunda-feira, 28 de maio de 2018

Educação de Jovens e Adultos.


                               Resultado de imagem para todos temos que saber ler e escrever

O texto de Regina Hara nos faz ver o quanto o trabalho dos educadores tem sido desafiador, pois manter esses jovens/adultos, depois de um dia longo de trabalho não é fácil. Vivemos em uma sociedade excludente, que acredita que as pessoas da classe popular não têm direito a uma escolarização de qualidade. É importante que o professor conheça seu aluno como sujeito que constrói seu conhecimento a partir de suas vivências com o mundo. Ainda neste mesmo contexto Emília Ferreira, Ana Teberosky assim como Paulo Freire mostram através de uma investigação que a aquisição da linguagem do sujeito parte do seu conhecimento e interação que ele tem com o objeto. Mas é fato ao constatarmos que os alunos da EJA não são crianças grandes e como tal não podem ser infantilizadas, são pessoas com vivências e experiências de vida, com uma imensa bagagem de saberes, mesmo que não formais é importante serem consideradas.
Em relação aos vídeos apresentados pode-se perceber realmente o quanto ele se sentem envergonhados e excluídos, querem aprender para não depender de ninguém, ao aprender eles se sentem pessoas pertencentes a um lugar na sociedade. No primeiro vídeo, os alunos da EJA fazem relatos em relação às dificuldades que eles tinham para conseguir um emprego, por não saberem ler e escrever. A necessidade de conseguir um trabalhar para o sustento da família, ajudar os filhos nas lições de casa e ter mais autonomia fez com que esses sujeitos voltassem para a sala de aula.
“Todos temos que saber ler e escrever, todos temos que ler o mundo é um ato coletivo, solidário e não solitário...” Paulo Freire.
Sendo assim é importante que o educador da EJA acolha seu aluno, fazendo com que ele se sinta seguro, criando laços afetivos e que o mesmo acredite que tem capacidade para aprender e que ele como sujeito de direito faz parte “sim” do mundo por inteiro.
“To doidinha pra sair daqui e voar longe”, essa frase mostra o quanto o aluno da EJA a partir do momento que aprendem, eles se sentem motivados a continuar frequentando as aulas pois percebem que ao adquirir conhecimento suas vidas começam a mudar. Mas para que toda essa transformação aconteça é importante o professor ver que cada aluno tem seu tempo de aprender e que esse aprendizado é como uma colcha de retalhos, a cada dia um novo aprendizado, uma nova etapa vencida, um pedacinho dessa construção que vai se agregando ao que eles já aprenderam a sua bagagem de vivências.
Segundo Paulo Freire antes de ler mundo, ter uma visão o mais próximo possível da realidade, pois é importante valorizar o conhecimento que o aluno já tem.
E por último é importante proporcionar para o aluno do EJA, atividades instigantes que despertem a curiosidade e a vontade de permanecer em sala aprendendo, respeitando que ele é capaz de construir seu arcabouço cognitivo. Portanto dentro dessa perspectiva ao se sentir acolhido e seguro, ele poderá perguntar, questionar e também expor seu conhecimento sem que se sinta envergonhado por não entender determinado assunto.


 Referências:
Hara, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio, 3. ed, São Paulo:CEDI, 1992.
https://www.youtube.com/watch?v=h07zSgqdSeo.

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