domingo, 17 de dezembro de 2017

A forma de pensar do aluno.







O Método Clinico desenvolvido por Jean Piaget nos auxilia a compreender os diferentes comportamentos infantis. A realização do método clinico nos faz refletir o quanto temos que estimular mais a criança, sem intervir na sua resposta. O método clinico não é só observação mas sim um instrumento de investigação onde o professor propõe atividades de aprendizagem significativas com a proposta de compreender o raciocínio da criança.
É importante para o professor conhecer a forma de pensar de seu aluno e perceber que cada sujeito é um indivíduo como um todo e que suas experiências dão suporte para que ele possa assimilar e transformar suas vivências em conhecimento  e novos saberes.

Sensório-motor Média até dois anos

Pré-operatório
Média dos 2 aos 7 anos 

Operatório concreto
Média dos 7 aos 12 anos

Operatório formalMédia a partir dos 12 anos

Período marcado pela ação sobre a realidade, sem representação da mesma

Início da capacidade de representação da realidade

Capacidade para realizar operações a nível mental, porém, relativas ao mundo concreto

Pensamento probabilístico

Inteligência prática

Antropomorfismo

Capacidade para fazer classificações e seriações

Raciocínio sistemático, com controle de variáveis

Egocentrismo

Raciocínio transdutivo

Surge a noção de número

Capacidade para pensar em termos hipotéticos

Não conservação do objeto, ou seja, o objeto deixa de existir quando sai do campo visual

Pensamento irreversível

Surge a reversibilidade do pensamento

Pensamento proporcional

Anomia

Artificialismo

Surge a conservação das propriedades físicas do objeto, como quantidade, peso e volume

Capacidade de jogar jogos de regras

 

Pensamento mágico

Capacidade de jogar jogos de regras

Descentração do pensamento

 

Egocentrismo

Descentração do pensamento

Análise combinatória

 

Centração do pensamento

Autonomia moral  

Autonomia moral  

 

Pensamento intuitivo

 

 

 

Pensamento centrado na percepção

 

 

 

Animismo

 

 

 

Realismo

 

 

 

Realismo nominal

 

 

 

Heteronomia

 

                                      

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Menino ou Menina brinca de que?




Desde cedo é importante saber valorizar diferentes raças, gêneros e pessoas com necessidades especiais. Preconceito e discriminação são inevitáveis. Para que eles saibam lidar com a diferença de maneira mais sensível é importante tratar desse assunto não só em datas comemorativas como um conteúdo específico mas que seja inserido nas práticas pedagógicas através de brincadeiras, leituras. As crianças brincam pelo prazer de brincar. E no brincar que ela se comunica e reproduz o seu cotidiano. É importante a criança brincar, ajuda no seu desenvolvimento tanto no aspecto físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo.


“O brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade, já o jogo explicitamente ou implicitamente determina o desempenho de certas habilidades definidas por uma estrutura predeterminada no objeto em si e em suas regras. Para a autora a brincadeira é ação que a criança desempenha ao realizar as regras do jogo, ao ir fundo, ao se envolver completamente na ação lúdica. É o lúdico em ação. Assim, o brinquedo e a brincadeira se relacionam exatamente com a criança e não se confundem com o jogo.  KISHIMOTO 2007


O texto “Educação na e para a diversidade” nos mostra que a escola tem o compromisso ético e o desafio tem formar e desenvolver nos sujeitos noções de reciprocidade, pluralidade, experiência, exercício da critica  e bem viver possibilitando assim um espaço dialógico onde o sujeito torna-se atuante, reflexivo e transformador.
A proposta da tarefa foi proporcionar um espaço, detalhe a turma tem 14 meninos, o canto foi organizado com prateleiras uma com bonecas e outra com carrinhos e um baú com diversas fantasias de bailarinas, bruxa, vestidos e acessórios. Eles foram convidados a explorar o ambiente. Entraram e foram direto para os carrinhos com exceção de um menino que pegou uma boneca. Alguns riram. “Menino brinca de carrinho”. “Menininha”. Mas ele ficou indiferente. “Minha mãe disse que posso brincar com boneca”. “Meu pai disse que é coisa de bichinha”. “Não é não”. Neste momento intervi pra acalmar os meninos. Depois foi tranquilo. Aos poucos outros meninos sentaram, pegaram bonecas e carrinhos. A brincadeira e o diálogo transcorreram tranquilo.
 “Agora é minha vez”. “Eu sou uma bailarina”.




Referências:
Genro,Maria Elly Hertz.CEREGNATO, Célia Elizabete. Educação na e para a diversidade

Revista. Fundação aprender.org.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Sintese


Resultado de imagem para Desenvolvimento e aprendizagem” de Jean Piaget.   Resultado de imagem para Desenvolvimento e aprendizagem” de Jean Piaget.




Texto “Epistemologia genética”- Tânia B.l. Marque.


A epistemologia genética foi criada pelo biólogo suíço Jean Piaget (1896- 1980). Epistemologia é a teoria da ciência ou estudo do conhecimento cientifico. A epistemologia genética é considerada uma teoria interacionista isto é a criança não é um ser passivo, mas sim uma pessoa ativa, atuando e utilizando-se dos objetos e de suas significações para conhecer, aprender e desenvolver-se. A criança aprende através de seu contato com o mundo. Portanto o educador se vê a frente a um grande desafio, construir perguntas significativas capazes de provocar e instigar o interesse da criança.
Texto “Desenvolvimento e aprendizagem” de Jean Piaget.
O desenvolvimento do conhecimento está ligado ao processo global da embriogênese, isto quer dizer que não está relacionado só ao desenvolvimento do corpo, mas também ao desenvolvimento do sistema nervoso e ao desenvolvimento das funções mentais. Portanto é no processo de construção do conhecimento e na aquisição de saberes que a criança é motivada a desenvolver sua aprendizagem e a superar as dificuldades que sentem em assimilar o conhecimento adquirido.
Texto “O construtivismo educacional” -Lino Macedo.
O texto faz uma analise a diferentes perspectivas construtivistas e não construtivistas. No contexto de uma visão não construtivista a transmissão do conhecimento mais importante é a via da linguagem. É através da linguagem que certos acontecimentos podem ser revividos. No construtivismo o conhecimento é concebido como um tornar-se antes de ser. No construtivismo a criança age sobre o objeto do conhecimento.
Vídeo “Introdução á psicologia do desenvolvimento”- Yves de La Taille
“...toda criança explica o homem tanto quanto o homem explica a criança...
Jean Piaget  e Baiber inheldo
A psicologia do desenvolvimento ela se refere ao tempo de vida e nos processo da criança em relação ao conhecimento, socialização, de que forma essa criança ao longo do tempo vai adquirido mais com potencial e capacidades. E de que forma isso vai se transformando ao longo de sua vida. A base da psicologia do conhecimento trabalho com o cognitivo (conhecimento razão) desenvolvimento afetivo, desenvolvimento social e desenvolvimento psicomotor. A psicologia do desenvolvimento é uma área do conhecimento que se preocupa com as mudanças ao longo da vida. No desenvolvimento do sujeito á fases e estruturas no organismo como na mente. Jean Piaget conhecia muito bem a embriologia dos animais. Então ele fez uma comparação se a embriologia mental, a capacidade do sujeito de pensar, isto é, a razão humana era semelhante a embriologia ciprestes e dos moluscos alpinos. Jean Piaget acreditava que as fases embriológicas são sequenciais, cada fase depende uma da outra sendo assim não se pode pular etapas, uma é consequência da outra, isso faz parte das fases cognitivas do pensamento. A criança precisa ter seguimento, as etapas fazem parte do seu desenvolvimento. Mas dentro desse desenvolvimento pode existir aqueles que não alcançam esses estágios pois para alcançar esses estágios é preciso que aja uma construção e que ele interaja com o meio social.
Vídeo “Aprendizagem e conhecimento escolar”- Fernando Becker
Neste vídeo Fernando Becker faz uma analise sobre Aprendizagem e Conhecimento Escolar fazendo referência a partir dos textos de Jean Piaget. Aprendizagem e Conhecimento de 1959 e Desenvolvimento de Conhecimento de 1972 e Aprendizagem e Estruturas de Conhecimento na década de 70.
Jean Piaget desenvolveu uma teoria que descreveu em um quadro como se desenvolvia a criança. São sete aquisições do desenvolvimento e elas dependem umas das outras numa articulação simultânea dentro disso está a teoria de Piaget em relação a aprendizagem, ele faz uma observação:  a partir de onde começa a aprendizagem? E de que forma isso acontece? Através dessa teoria ele faz uma releitura das aquisições.
No desenvolvimento não está incluindo a heretariedade. Existe dois tipos de desenvolvimento:
*Desenvolvimento Maturacional- aquilo que é previsível.
*Desenvolvimento Psicológico- É importante que a criança construa e invente e não apenas copie para que isso aconteça é necessário que o professor proponha tarefas instigantes e significativas só assim o aluno irá pensar, refletir a pratica proposta.
Vídeo “Jean Piaget, Aprendizagem e Conhecimento Escolar com José Antônio Castorina”.
Neste vídeo ele fala sobre o construtivismo como uma posição frente a ciência questionando diferentes interpretações sobre as teorias de Piaget em relação ao processo educativo. Relata que todas as teorias psicológicas sem exceção têm um grande desafio intelectual em elaborar atividades que sejam significativas e bem elaboradas fazendo com que o aluno se interesse mais. Então a psicologia genética na educação é a transformação do desenvolvimento do sujeito. José Antônio faz uma abordagem referente a uma aplicação da teoria no campo da ciência referem-se também as muitas mudanças que aconteceu nos anos 60,70 e 90. Em seus estudos observa-se que a educação deixa de ser mecânica e passa por uma transformação em que a criança deixa de ser mero instrumento e passa a ser autora de seu conhecimento em que o professor oportuniza tarefas instigantes levando a criança a construir seu conhecimento por conta própria. Não podemos esquecer também do conhecimento prévio dessa criança. Em sala precisamos construir um contexto didático possibilitando assim a construção do conhecimento na sala de aula. A criança constrói conhecimentos significativos a partir dos conhecimentos prévios que ela carrega consigo.
Fernando Becker- Ted x Unisinos Apresentação
Fernando Becker neste vídeo explora o espaço de experimentação e menos auditório. Expõe os prós e contras do laboratório e do auditório. No auditório o professor transmite o que já sabe e no laboratório é um espaço onde se faz experimentação, pergunta cria-se hipóteses, é onde o aluno aprende, a sala de aula tem que ser um lugar onde o aluno é autor, onde ele aprende e ensina sozinho e com seus pares. Assim sendo o professor precisa ter uma formação adequada sempre procurando qualificar o seu fazer pedagógico, dessa forma conhecendo e compreendendo os processos do desenvolvimento do conhecimento, o professor entendera que cada criança aprende de formas diferentes. Ted x Unisinos tem por objetivo ministras  palestras espalhando e implantando ideias inovadoras para a educação, ajudando os professores em suas aulas.
Ted x Unisinos- Fernando Becker- Escola: mais laboratório, menos auditório.

Neste vídeo Fernando Becker reforça sua fala em relação a menos auditório e mais laboratório. Ele faz uma referência sobre os verbos copiar e colar, isto quer dizer que com o avanço da tecnologia o aluno não se da mais o trabalho de pesquisar, eles simplesmente copia e cola, sem muitas vezes saber o que de fato está escrito naquela pesquisa e isto está virando um vício que futuramente serão adultos sem senso critico. Nós professores, educadores precisamos reverter esse quadro. Dar mais voz ativa ao aluno, deixar que ele se expresse mais, interaja mais nas aulas, exponha suas ideias para o grande grupo e que nós professores possamos ouvir mais o que eles têm a dizer. 


Ser diferente, não é ser incapaz

Resultado de imagem para ser diferente não é ser incapaz
O texto “Sobre crocodilos e avestruzes nos faz refletir e questionar sobre: Que mundo vivemos?  O que é ser diferente? Ser diferente é ser um sujeito incapaz? Esses questionamento me faz refletir o quanto é difícil para as pessoas que carregam esse rótulo, “ ser diferente”, viverem muitas vezes em um ambiente hostil em que as pessoas as veem   como uns coitadinhos incapazes. E é pensando nisso que o texto de Ligia Assumpção  do Amaral  direciona nosso pensamento  reflexivo para as questões pertinentes ao preconceito e a discriminação. Quando falamos em ser diferente não é só as características do cabelo, olhos ou corpo mas a tudo aquilo que é fora dos padrões de uma sociedade que se intitula normal. Sociedade está que trata as pessoas “diferente “como sujeito incapaz sem se darem conta, que este aluno tem suas limitações mas não é incapaz. Como professores podemos transformar esse preconceito, envolvendo a comunidade escolar, pais e comunidade  a participar de forma ativa em soluções que busquem o equilíbrio entre o diferente e a diferença.  Quando pensamos num fazer pedagógico  em que todos participem estamos construindo uma e sociedade mais justa  e participativa deste espaço em que todos convivem .
  “Brincando com as ideias, diria que a educação, como cada um de nós, deve escolher a roupa adequada para os dias frios assim como para os de calor, os alimentos compatíveis com o horário e/ou clima, os comportamentos para as situações de alegria ou tristeza, as expressões emocionais para públicos ou de intimidade... Em fim, escolher o melhor ( para cada um de nós e para aqueles que nos cercam)  Para um melhor viver.” Ligia Assumpção do Amaral, pág 22
Quando percebemos o outro, como um sujeito capaz nos despimos das atitudes preconceituosas, percebendo que cada criança/sujeito diferente é capaz desde que estimulada com brincadeiras e atividades que despertem a curiosidade delas ajudando-as a construir novo saberes.

Referências

   Amara, Ligia Assumpção do, Sobre Crocodilos e Avestruzes: Falando de diferenças Físicas, Preconceitos e Superações. 

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Dossiê de Inclusão


 Resultado de imagem para iguais mas diferentesSer diferente não quer dizer impossibilitado.

A interdisciplina Educação de Pessoas Especiais nos levou a fazer um levantamento sobre dados de inclusão e cheguei a conclusão que nós educadores não estamos preparados para atender essa criança que chega a escola e necessita de um atendimento especializado com recursos que garanta o desenvolvimento das potencialidades dessa criança. Crescemos ouvindo que todos nós somos diferentes, isto quer dizer que cada um de nós é especial no seu modo de ser. Nossas características estão pela forma como aprendemos, como vemos, sentimos e reagimos aos acontecimentos do meio em que vivemos. Diante deste contexto podemos concluir, que todos nós temos diferenças, mas ao mesmo tempo possuímos semelhanças com outras pessoas que apresentam as mesmas características. E é nessa singularidade do indivíduo e na sua pluralidade de grupo que se forma a vida em sociedade. Portanto para se viver em sociedade precisamos que nossas características individuais sejam respeitadas e reconhecidas. Trabalho em uma instituição de educação infantil que atende 32 crianças, divididas em três turmas ( Maternal, JB e JÁ), três educadoras e uma coordenadora. E nenhuma tem especialização em formação de educação especial. Trabalho nesta escola e em nenhum momento teve uma criança de inclusão. São muitas as diversidades sociais, mas acredito que é na educação, na família, e principalmente inicia na educação infantil. É um grande desafio a missão de respeitar, estimular a individualização, ao mesmo tempo em que deve incentivar a compartilhar sentimentos, comportamentos e valores comuns ao meio em que vivemos.
O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicos ou culturais e crianças de outros grupos e zonas desfavorecidos ou marginalizados. (Brasil, 1997, p. 17 e 18).
 Portanto concluo essa lauda com três perguntas que me inquieta:
*Em que momento essa criança com necessidades especiais constitui um problema para as educadoras?
*Como proceder?
*De que forma utilizar esses recursos para fazer com que essa criança diferente possa ter acesso ao espaço público?


Referências:
Cadernos Pedagógicos- Fundação Mauricio Sirostsk Sobrinho
Mec/ Secadi Politica Nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação Inclusiva
Lei Brasileira de Inclusão


sábado, 14 de outubro de 2017

Resultado de imagem para JOVENS DE HOJE: IGUAIS X DIFERENTES?
     




                                  Jovens de hoje: IGUAIS X DIFERENTES?

Há um tempo eram poucos adolescentes que tinham um computador ou celular, raro eram aqueles que possuíam acesso às redes sociais. O que era internet para eles? Um mundo a parte onde as meninas brincavam de jogos de maquiar, casinha e de vestir as bonecas, os meninos, jogar bola, jogos de corrida de carros e super - Mário.
Mas atualmente, tudo mudou tudo é diferente. A tecnologia progrediu tanto que um adolescente que não possui celular ou rede social como faceboock, instagram, twitter é considerado diferente, anormal, uma época de modinhas imposta pela sociedade.
Os adolescentes atualmente não vivem fora do mundo virtual, estão sempre conectados, numa busca incansável por fama. Quem tem mais seguidores no seu instagram ou twitter.
Contudo é triste perceber que a violência também aumentou. Mas como tudo isso interfere? Antes os adolescentes tinham a liberdade de brincar na rua, com praticamente sem nenhum perigo. Hoje em dia o adolescente não quer mais sair para a rua estão sempre conectados, deixando de lado a vida social a tal ponto de serem violentados sexualmente via web.
Porém, os adolescentes de hoje em dia têm muito mais maturidade do que os de antes, nada passa despercebido quando conectados, entretanto alguns usufruem disso para o bem ou para o mal. Eles pensam diferentes, age de maneira própria e vê o mundo com outros olhos.

Referências:
SOCIEDADE, COTIDIANO ESCOLAR E CULTURA(S): UMA APROXIMAÇÃO, VERA MARIA FERRÃO CANDAU.

STOP A VIOLÊNCIA VELADA.

                                Resultado de imagem para violência velada


Todos nós fazemos parte de uma sociedade, estamos todos interligados e fazemos parte da raça humana. Pertencer á algum lugar nos faz pensar em quem somos, onde estamos e por que aqui estamos. Todos nós como pessoas somos autores e atores da nossa vida e desse modo devemos ter a consciência de que todas as nossas decisões, ações ou omissões tem consequências. Fazendo uma reflexão nesse sentido temos o compromisso de respeitar a vida, a individualidade e a diversidade. Todos são diferentes, com suas diferenças culturais, de religião, de etnias, conhecimento e de diferentes ritmos de aprendizagem. O Brasil é um dos países que tem uma fusão significativa de raças e essa rica diversidade deve ser respeitada através de atitudes e valorização das diferenças raciais e étnicas.
Declaração sobre Raça e Preconceito Racial, 1978.
“Artigo 2º - Todos os indivíduos e grupos têm o direito de serem diferentes, de se considerarem diferentes e de serem vistos como tal. Entretanto, a diversidade de estilos de vida e o direito de ser diferente em nenhuma circunstância devem servir como pretexto para o preconceito racial, não pode justificar leis, fatos ou práticas discriminatórias, nem promover políticas de apartheid, o que é uma forma estrema de racismo.”
A escola é um espaço onde as crianças vivem experiências e vivências desenvolvendo-se e percebendo-se como cidadão pertencente a um grupo social. E foi neste espaço de cuidado e aprendizado que presenciei uma cena da profª X com um de seus alunos.
    -Um aluno negro, gordinho, de olhos grandes e meigos era constantemente chamado de olhos famintos, esfomeado e sujinho.
Fato este que me incomodava bastante, uma falta de respeito e crueldade que vinha de outro ser humano era algo que para mim não poderia acontecer. Por diversas vezes chamei a atenção dela em relação a esse fato, mas meu argumento de nada adiantou. O que me deixa triste é pensar que o racismo está presente no nosso dia a dia, apesar de todo desenvolvimento da sociedade ainda encontramos varias formas veladas de preconceito e discriminação por causa das diferenças raciais e sociais. Esse tipo de atitude pode deixar marcas gravíssimas, marcas profundas que ferem a alma. São esses maus tratos psicológicos em forma de humilhações ou discriminações ou modo de se referir à criança que lhe provoca sofrimento que jamais será esquecido.
Segundo o Psicólogo Henri Wallow:
“as emoções são o primeiro recurso de interação da criança com o meio social”
Cada criança tem suas próprias características, cada um é único e o professor deve levar em conta sua singularidade, sempre respeitando suas diferenças como um todo. Podemos concluir, então, que ao mesmo tempo em que possuímos diferenças também temos semelhanças. E é nessa singularidade do indivíduo e o convívio em grupo que se forma a vida em sociedade. Portanto penso que para haver mais respeito ao não racismo e a diversidade necessitamos de uma sociedade mais real que saiba respeitar e reconhecer  as características individuais de cada individuo. O direito às diferenças , é um direito de todos, é também um direito a igualdade.


                                        Bibliografia
Referencial Curricular Nacional para  Educação Infantil, volume 1 pag 35
O Educador no cotidiano das crianças: organizador e problematizador 2011, pág. 11

Legislação, Políticas e Influências Pedagógicas na Educação Infantil, volume 3

domingo, 24 de setembro de 2017

Certezas Temporárias e Dúvidas Provisórias



A escola como um todo tem um papel fundamental na vida da criança pois é neste espaço que ela passa a ser ensinada como respeitar as diferenças, um ambiente que valoriza e estimula o respeito à  diversidade, ajuda a formar pessoas mais tolerantes, senso crítico, educadas e preocupadas com o bem comum e com os outros de um modo geral. De acordo com o Referencial Curricular para a Educação Infantil( 1998) a escola deve prezar pela qualidade das interações das crianças, sempre respeitando as diversidades culturais, sociais e ambientais. É na educação infantil que as crianças iniciam seu processo de desconstrução e reconstrução de aprendizagens significativas. Por esse motivo é importante trabalhar o respeito às diferenças raciais, culturais e sociais pois nessa faixa de aprendizagem que é a primeira etapa da educação básica.



        
Certezas Temporárias
Dúvida Provisória


Somos iguais, mas Diferentes.
O racismo parte do meio que a criança vive?
Se a criança aprende a partir do meio que vive a ser racista, ela também pode desconstruir esse pré-conceito.
Será que é no ambiente familiar, o primeiro espaço que ela compartilha, ela aprende a ser preconceituosa?
Cada criança, pessoa tem o direito de ser respeitada em suas diferenças.
A desconstrução do preconceito pode começar pela educação?
É preciso garantir o direito as diferenças.
O direito a diferença é também o direito a igualdade?
Todos juntos, escola e família  devem promover: debates, reflexões, discussões, para o bem de todos, sem preconceito de origem e raça.
Como fazer com que as famílias participem de forma integrada e efetiva na luta contra o racismo?
Cada um tem sua genética, desde o cabelo até a cor da pele, é herdam  da família.
Como envolver as famílias nas aprendizagens das crianças em relação ao racismo?

sábado, 9 de setembro de 2017

Somos Iguais mas Diferentes

Somos Iguais mas Diferentes

   Trabalho na área da educação infantil com a turma do JB, durante esse tempo que estou em sala percebo que nas atividades e nas brincadeiras, um menino  geralmente faz de tudo para deixar um determinado  colega de fora. O que me chamou atenção foi eles terem esse tipo de atitude em relação a esse menino. E foi na roda de conversa que percebi essa resistência ser maior, pois ele procurou sentar o mais longe possível do colega. Quando me aproximei dele e perguntei por que ele estava tão longe, ele respondeu: -Ele é preto profª. Isso me deixou sem palavras no momento, sem ação diante dessa afirmação. Diante dessa resistência decidimos trabalhar, Preconceito e a Diversidade que existe na escola, valorizando o diferente, respeitando á todos. Sempre procurando enfatizar que todos são iguais mas diferentes em suas peculiaridades, desde o cabelo até a cor de sua pele, são heranças herdadas de seus familiares. Esse menino em particular revelou um (pré)conceito em relação a diferença de cor do colega.

Atividade Proposta 

Somos Iguais mas Diferentes

Conversa informal sobre com  quem eles acham que se parecem, desde a cor dos olhos,cabelos, pele etc.. Mostrar que muitas vezes herdamos essas características dos familiares.

Que cor eu tenho?
Contação da história Menina Bonita do Laço de Fita.


Resultado de imagem para projeto preconceito na educação infantil com o livro da menina bonita do laço de fita
Caras e Bocas do colega

Pedir aos pais que enviem uma foto da criança para a escola. Recortar e colar num palito. Cada um poderá pegar dois palitos(boca  e olhos ) nessa atividade eles irão representar outro colega. 

                          Resultado de imagem para a criança  descobrindo suas diferenças através do desenho

Desde cedo deve-se trabalhar sobre o preconceito e a diversidade. A criança negra precisa se perceber como integrante da sociedade a qual ela pertence. É importante ter m cuidado com o nosso fazer pedagógico, desde a escolha de um livro. Respeitar as diferenças é importante, na reportagem da Nova Escola, a educação não tem cor https://novaescola.org.br/conteudo/410/educacao-nao-tem-cor nos mostra como as escolas têm combatido o preconceito racial através de projeto "A educação não tem cor". Nós enquanto educadoras temos a responsabilidade de trabalhar com a questão racial na escola, ajudando a criança a desconstruir estereótipos e praticas de racismo.
    "-O reconhecimento, valorização, o respeito e a interação das crianças com as histórias e as culturas africanas, afro-brasileira, bem como o combate ao racismo e a discriminação" (DCNEIS, 2010,p.12). 

domingo, 3 de setembro de 2017

Inclusão, História e Educação.

                Todos fazem parte de um imenso mundo cheio de diversidade. Desde criança ouvimos as pessoas falarem que todos nos somos diferentes um dos outros ao mesmo tempo que somos iguais isso quer dizer que cada um de nos tem sua personalidade caracterizando-se pela maneira que aprendemos, olhamos, sentimos e reagimos em relação ao ambiente que cada um vive.
                As diversidades sociais são muitas e estão presentes nas escolas: etnia, cultura, situação  socieconômica, situação de saúde, necessidades educacionais   especiais entre outras. A inclusão faz parte da realidade da escola. Não podemos fechar os olhos para esse momento de inclusão mas pensar na educação como um instrumento de desenvolvimento pessoal e social da criança e não como forma de rotula-la ou classifica-la cada criança é unica em sua peculiaridade. É importante entender a complexidade da inclusão escolar, que não é apenas incluir nas escolas os excluídos, apenas como formas de lei. Nos tempos atuais ser educador é um desafio, estamos em total turbulência e revolução na sociedade. A educação exige que tenhamos uma maior habilidade, sensibilidade e flexibilidade no fazer pedagógico.
         Dessa forma é importante acreditar na escola inclusiva, onde a criança seja valorizada em suas descobertas, aceita na sua diferença. Compreender que é na diferença que elas crescem, se afirmam e se constituem. A inclusão é um direito de todos, cada um deve ocupar seu espaço na sociedade.
                      
                       Por dentro da Escola: Educação Especial Inclusão. 



Referências:


A criança Descobrindo, interpretando e Agindo sobre o Mundo, Cadernos Pedagógicos, Fundo do Milenium