O processo avaliativo dentro de um contexto de
educação tradicional serve apenas para classificar o nível de desempenho do
educando, sem pensar em todo o processo pelo qual o aluno passa diante de
provas e avaliações. Medo, angustia, reprovação são alguns sentimento pelo qual
eles passam.
Luckesi (1995),
"...provas e exames servem apenas para
verificar o grau ou nível de desempenho em apenas um aspecto do desenvolvimento
do aluno."
Em todos esses anos trabalhando na área da educação
aprendi que a avaliação deve ser vista como um todo a criança aprende a todo o
momento e todo lugar. É importante o professor observar, registar as práticas
pedagógicas vividas pelas crianças nos diferentes espaços pelo qual eles passam
diariamente dentro das escolas e instituições. O processo avaliativo pode ser
usado como reflexão para ajudar os Educadores a planejar aprendizagens
significativas para os educandos.
Portanto a avaliação não deve ser classificatória,
mas uma ferramenta que poderá auxiliar os educadores e proporcionar aos
educandos atividade, brincadeiras diversificadas que os ajudaram em seu
processo de novos saberes.
Referências:
Ferreira, Lucinete, contexto Avaliativo no Cotidiano Escola.
Ao usarmos os Temas Geradores nas práticas
pedagógicas estamos dando voz viva à intenção, a curiosidade, o desafio, a
construção de novos saberes do aluno. Nós como professores temos o dever de ser
mediador dessas novas descobertas, não como mero espectador, mas como um
educador libertador de uma educação tradicional, em que o diálogo servira como
instrumento para criar hipóteses na construção de novos conhecimentos. Todo
sujeito tem uma história, uma cultura, uma leitura de mundo, onde suas
vivências contribuem para dar significados aos temas geradores. Portanto
trabalhar com diferentes linguagens e respeitar a visão de mundo que cada um
tem. Assim o tema gerador contribui para a construção de novos aprendizados
partindo do interesse do aluno, do seu conhecimento prévio, da sua bagagem de
vivências. Freire nos mostra o quanto é importante ter outro olhar sobre esse
aluno, perceber o que ele realmente quer dizer, dando voz as suas curiosidades
e hipóteses proporcionando espaços onde eles valorizados e ouvidos, dando
sentido a aprendizagens significativas.
“Ninguém começa lendo a palavra, porque antes da
palavra, o que a gente tem pra ler a disposição da gente é o mundo e a gente lê
o mundo na medida em que o compreende e o interpreta”... Paulo Freire (Vídeo: A
construção da Leitura e da escrita)
Referências:
Freire, Paulo. A dialogicidade- Essência da educação como Prática da Liberdade. In: Pedagogia do Oprimido. 6º edição. Rio de Janeiro, Paz e terra, 1978, p. 89-101.
Apesar de já haver muitos programas voltados para as
práticas pedagógicas de jovens e adultos os desafios pelo qual os educadores
passam não são poucos. O programa tem ajudado, mas não é o suficiente é preciso
um maior apoio das políticas sociais. Os projetos sociais tentam manter a
camada popular nas instituições, mas muitas vezes a evasão das salas de aula
toma conta, pois muitos são trabalhadores que sustentam a família. Vivemos em
uma sociedade excludente, que não enxerga o que está a sua volta, acreditam que
os mais pobres não tem direito a uma educação de qualidade. Muitas vezes o adulto que decide voltar a
estudar passa por muitas situações que o impedem de frequentar as aulas
diariamente.
Dentro da
precariedade, poucos recursos e pouco conhecimento em como administrar a
alfabetização dos jovens /adultos, o educador muitas vezes tem que lançar mão
de sua varinha mágica para por em prática metodologias que ajudem esse
jovem/adulto a construir seu conhecimento partindo da leitura de mundo que ele
já tem.
Sendo assim é importante que o educador saiba trabalhar com as diferentes diversidades pois cada comunidade tem uma cultura popular, que conheça seu
aluno, criando vinculo com esse sujeito, que lhe de segurança e acredite que
ele é capaz de aprender, independente da idade.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os
homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. ( Paulo Freire)
Referências:
Hara, Regina.
Alfabetização de Adultos: Ainda um Desafio.3.ed. São Paulo: CEDI, 1992.
Dentro das novas tecnologias na educação está uso de Blogs que vem crescendo a cada dia que passa, criando espaço virtual para alunos e professores. Com a intenção de ampliar as aprendizagens das crianças, bem como a formação continuada dos professores em cursos á distância foi criado o AÇAÌ ( Ambiente de Criação e Edição de Atividades Interdisciplinar) uma ferramenta usada para registrar experiências, aprendizagens e vivências tanto da parte dos professores quanto dos alunos. Portanto é neste espaço de reflexão usado pelos professores e alunos com a intenção de formar projetos que mais tarde servirá de fonte de pesquisa. O Açaí se desenvolveu em 2003 e as atividades postadas neste ambiente é compartilhada com outras comunidades. Dentro desse mesmo contexto tem o projeto Amora (colégio Aplicação/UFRGS). O Projeto Amora também é um projeto curricular, agrega e soma com as ouras disciplinas com o objetivo de formar grupo de professores para trabalhar com as interdisciplinas com conteúdos que se relacionam para uma compreensão ampla dos alunos sobre ele. O Açaí blog foi criado para armazenar textos que contribua para a construção de um conhecimento ( conceito,noção etc.). Pode-se dizer que o Projeto Açaí e Amora é uma ferramenta de dados que contribui para que o sujeito possa ser autor de suas atividades educacionais permitindo socializar virtualmente com diferentes comunidades e espaços virtuais.
Acredito que trabalhar com projetos é muito importante pois é uma questão que ajuda a construir os planejamentos. Dentro de um projeto o professor conhece melhor a turma. Para o professor que ira mediar essa construção é desafiador e encantador, ver em cada rosto a expectativa de uma nova brincadeira. Já trabalhei com projeto na educação infantil e foi muito gratificante poder proporcionar espaços de aprendizagens e diferentes brincadeiras, foram momentos mágicos. Ao ler os texto achei interessante o Projeto Amora que apresenta um blog como forma de registro das aprendizagens, atividades etc. Poder armazenar as aprendizagens num banco de dados que futuramente ira contribuir para a construção de novos conhecimentos, socializar essas atividades com diferentes comunidades virtuais, é organizar o trabalho com as aprendizagens significativas do desenvolvimento dos alunos. Tais atividade, armazenadas em blog será um ambiente de pesquisa e reflexões. Em fim todo esse caminho de construção de um blog virtual , construído com a ajuda dos aluno ira ajudar o aluno a ter um pensamento cientifico, pesquisador ou seja será um sujeito que pergunta, cria, interage e socializa com os colegas.
Referências:
Açaí Blog: Um blog Pedagógico para uso na escola e na formação de professores.
Brincar
é estar com o corpo em movimento. É pensar, agir, raciocinar, inventar,
interagir, fantasiar, pular, correr, é ter a alma leve, são vivências
brincantes. Brincar é muito, muito importante, pra mim foi e é até hoje, pois
tive a oportunidade de brincar, ter casinha na arvore até o jogo de taco. E
naquela época em que estava na escola lembro-me do recreio que era um momento
muito prazeroso, brincávamos de amarelinha, esconde-esconde, cabra-cega entre
tantos outros, agora percebo o quanto foi importante essa fase da minha vida.
Aprendi muitas coisas naquele tempo, as brincadeiras tinham regras, o que me
ensinou que cada um tem que esperar a
sua vez, fiz amizades que duram até hoje, riamos muito por qualquer coisa, sem
motivo, apenas pelo prazer de dar risadas. Através do brincar a criança
constrói sua identidade e brincado ela compreende melhor o mundo, as pessoas a
sua volta, constrói maneiras de interagir com o mundo adulto. Muitas vezes,
resolve conflitos internos, fantasiando e imaginando, é uma maneira de lidar
com seus medos, angustias, com a dor e perdas afetivas.
Para
Vygotsky, segundo Aranha (2002), a brincadeira, o jogo são atividades
específicas da infância, nas quais a criança recria a realidade usando sistemas
simbólicos. É uma atividade social, com contexto cultural e social.
Quando
ela recria e imagina, ela brinca de imitar o adulto mais próximo a ela, a
influência do brinquedo no desenvolvimento da criança é muito forte. A criança
aprende a agir numa esfera cognitiva.
“Para
Winnicot a criança ao brincar de prepara para o encontro com o outro,
preparando uma organização mental, necessária para que se estabeleça e tenhamos
condições emocionais para manter relações sociais e afetivas.”
Brincar
é importante para a criança, pois ela se comunica através das brincadeiras
reproduz suas vivências do cotidiano. O ato de brincar auxilia no processo de
aprendizagem, favorece na construção da reflexão, da criatividade. É importante
conscientizar os pais, professores e sociedade em geral sobre a importância da
ludicidade que a criança vivência na infância, pois o brincar faz parte de uma
aprendizagem prazerosa e lúdica.
De
acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (Brasil,
1998, p.27, V. 01):
O principal indicador da brincadeira, entre as
crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na
brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não literal,
transferindo e substituindo suas ações e características do papel assumido,
utilizando-se de objetos substituídos.
É na brincadeira que a
criança se desenvolve, cria situações em que ela transforma e produz novos
significados. Mas as brincadeiras não acontecem só em grupo, ela também pode
ser individual, pois apesar de ser pequena , ela também precisa deste momento
sozinha, para pensar sozinha ou até mesmo conversar com seu amigo imaginário ou
explorar um brinquedo. Temos que ter o
cuidado e a sensibilidade de saber que cada criança é diferente da outra. Tem
as que vivem na cidade, na periferia, em bairros nobres ou populares. Algumas
vivem em famílias que tem hábitos, costumes e falam línguas diferentes,
portanto a forma de brincar é diferente. Mas apesar das diferenças todas são
crianças e precisam ser respeitadas em sua singularidade. As crianças aprendem
novas formas de brincar tendo contato diário com outras crianças. Muitas vezes
durante uma brincadeira pode haver confrontos: uma tira o brinquedo da outra,
quando isso acontece é preciso o professor intervir, para que a criança aprenda
a controlar o sentimento de posse e raiva, ajudando-o a dividir com o colega o
brinquedo. Esses momentos de conflito fazem parte do processo desenvolvimento
da criança, essa vivência deve ser vivida, para que elas aprendam a compartilhar
e a viver em grupo.Em fim cabe a nós adultos e professores criar e propiciar,
momentos, situações, proporcionando o desenvolvimento infantil através de jogos
e brinquedos que despertem a curiosidade e amplie seus conhecimentos e suas
habilidades. Mas para que as crianças
possam se desenvolver além de propiciar esses momentos é necessário que haja
uma profusão e variedade nas experiências que lhe são oferecidas, sejam elas
mais voltadas ao processo imaginativo e fantasioso ou às aprendizagens.
Referências:
Wenner, Melinda. Brincar é coisa séria. Mente
Cérebre. São Paulo: Ediourodueto Editorial Ltda. Ano XVIII, n° 216,
jan/2011 (pp: 26-35).
Salles
Christini, Hildebrandt Carolyn, Zan Betty, Edmiaston Rebeca Devries Rheta
Rebeca, O Currículo Construtivista na Educação Infantil- Práticas e Atividades.
O texto de Regina Hara nos faz ver o quanto o trabalho dos educadores tem sido desafiador, pois manter esses jovens/adultos, depois de um dia longo de trabalho não é fácil. Vivemos em uma sociedade excludente, que acredita que as pessoas da classe popular não têm direito a uma escolarização de qualidade. É importante que o professor conheça seu aluno como sujeito que constrói seu conhecimento a partir de suas vivências com o mundo. Ainda neste mesmo contexto Emília Ferreira, Ana Teberosky assim como Paulo Freire mostram através de uma investigação que a aquisição da linguagem do sujeito parte do seu conhecimento e interação que ele tem com o objeto. Mas é fato ao constatarmos que os alunos da EJA não são crianças grandes e como tal não podem ser infantilizadas, são pessoas com vivências e experiências de vida, com uma imensa bagagem de saberes, mesmo que não formais é importante serem consideradas.
Em relação aos vídeos apresentados pode-se perceber realmente o quanto ele se sentem envergonhados e excluídos, querem aprender para não depender de ninguém, ao aprender eles se sentem pessoas pertencentes a um lugar na sociedade. No primeiro vídeo, os alunos da EJA fazem relatos em relação às dificuldades que eles tinham para conseguir um emprego, por não saberem ler e escrever. A necessidade de conseguir um trabalhar para o sustento da família, ajudar os filhos nas lições de casa e ter mais autonomia fez com que esses sujeitos voltassem para a sala de aula.
“Todos temos que saber ler e escrever, todos temos que ler o mundo é um ato coletivo, solidário e não solitário...” Paulo Freire.
Sendo assim é importante que o educador da EJA acolha seu aluno, fazendo com que ele se sinta seguro, criando laços afetivos e que o mesmo acredite que tem capacidade para aprender e que ele como sujeito de direito faz parte “sim” do mundo por inteiro.
“To doidinha pra sair daqui e voar longe”, essa frase mostra o quanto o aluno da EJA a partir do momento que aprendem, eles se sentem motivados a continuar frequentando as aulas pois percebem que ao adquirir conhecimento suas vidas começam a mudar. Mas para que toda essa transformação aconteça é importante o professor ver que cada aluno tem seu tempo de aprender e que esse aprendizado é como uma colcha de retalhos, a cada dia um novo aprendizado, uma nova etapa vencida, um pedacinho dessa construção que vai se agregando ao que eles já aprenderam a sua bagagem de vivências.
Segundo Paulo Freire antes de ler mundo, ter uma visão o mais próximo possível da realidade, pois é importante valorizar o conhecimento que o aluno já tem.
E por último é importante proporcionar para o aluno do EJA, atividades instigantes que despertem a curiosidade e a vontade de permanecer em sala aprendendo, respeitando que ele é capaz de construir seu arcabouço cognitivo. Portanto dentro dessa perspectiva ao se sentir acolhido e seguro, ele poderá perguntar, questionar e também expor seu conhecimento sem que se sinta envergonhado por não entender determinado assunto.
Referências:
Hara, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio, 3. ed, São Paulo:CEDI, 1992.
https://www.youtube.com/watch?v=h07zSgqdSeo.
Inovação pedagógica quer dizer mudança, transformação e qualidade no fazer pedagógico. E para que isso aconteça é necessário que os professores participem ativamente das formações para qualificar e repensar sua metodologia em sala. A inovação pedagógica agrega novos conhecimentos qualificando e fomentando novas aprendizagens. Os desafios são muitos: como ensinar novos conceitos de que os educandos entendam? Como cumprir o currículo sem parecer repetitivo?
Todas essas questões e muitas outras nos faz ver o quanto é necessário inovar, pesquisar novas formas de ensinar qualificando o fazer pedagógico. Outro fator importante para se ter sucesso nas inovações pedagógicas é nunca esquecer que o educando já tem uma bagagem de vivências, cada um com sua peculiaridade, sempre respeitando os limites de cada um pois cada sujeito aprende de uma forma diferente.
Portanto a inovação pedagógica pode ser compreendida como um processo que ocorre de dentro para fora, onde a reflexão e mudanças se fazem necessárias.
Pode-se trabalhar com essas novas pedagogias desde a educação infantil, desde que seja adequado, prazeroso e instigante para a criança.As praticas pedagógicas também proporciona autonomia aos educandos. Segue o vídeo abaixo:
Referências:
.CUNHA, Maria Isabel da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade. VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Portugal, 16 a 18 de setembro de 2004.
No que se
refere à EJA a autora Marta Kohl, caracteriza o grupo que frequenta, como
jovens e adultos "não crianças". É um grupo de pessoas bem
homogêneas. Em geral são oriundos do campo, trabalhadores não qualificados, analfabetos,
pessoas excluídas das salas de aula pelas mais diversas razões e tem como
objetivo uma realização pessoal, sentem necessidade de ajudar seus filhos em
idade escolar e buscam novas respostas para seus conflitos e dificuldades.
É importante
levar em consideração o que esses jovens e adultos pensam e como eles aprendem,
e assim proporcionar aprendizagens significativas procurando sempre
contextualizar com as vivências dos educandos.
A maior
dificuldade que os alunos da EJA enfrentam são as condições precárias de
vida, pois todos trabalham a maioria já tem família para sustentar, com valores
éticos e morais construídos a partir de suas vivências e do contexto que estão
inseridos. Do mesmo modo muitos têm que enfrentar a baixa autoestima, chegam
cansados depois de um dia inteiro de trabalho, acreditam não serem capazes.
É importante
que o aluno da EJA se sinta acolhido e seguro e que as atividades pedagógicas
busquem estimular esse aluno que tem dificuldades no campo cognitivo.
Em fim
acredito que nós professor temos o desafio de ajudar o aluno da EJA a
encontrar seu lugar na sociedade, construindo e realizando seus objetivos e
novamente sonhando com um futuro melhor.
Referencias:
Oliveira, Marta Khol de, Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e Aprendizagem.
O ato de planejar não é somente construir e aplicar atividades pedagógicas mas também configura-se num ato político. Portanto planejar vai muito além de estudo de valor, ético, político e pedagógico, que pode contribuir ou não com o ensino-aprendizagem de qualidade.O planejamento não pode ser um ato mecânico mas sim ter a participação do educando e que a elaboração das atividades vá de encontro aos interesses do educando, levando em consideração sua bagagem de vivências e suas peculiaridades.
A partir da leitura do texto de Rays (2000), foi elaborado um quadro contendo os cinco principais momentos descritos pelo autor, fazendo uma relação entre essas ideias e a prática docente cotidiana.
MOMENTOS
PRINCIPAIS IDÉIAS
DEGUSTAÇÃO
RELAÇÃO COM A PRÁTICA
“Escola e realidade social”
O planejamento deve estar
relacionado com a realidade social do educando. A partir dessa realidade
construir aprendizagens pedagógicas e políticas.
O educador deve incentivar o
educando através das aprendizagens a se tornar um futuro cidadão mais critico
e determinado.
Proporcionar atividades de
acordo com o interesse e realidade do educando.
“Retrato sociocultural do educando”
As vivências e o meio que o
educando vive ira dar subsídios para a estruturação das propostas
pedagógicas.
O educador/educando interagem
juntos na busca de novos conhecimentos através de dialogo, levando em
consideração a especificidade de cada grupo.
Observar, estruturar e
reestruturas aprendizagens de acordo com a realidade sociocultural dos
educandos.
“Objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de
ensino”
O educador ao elaborar uma
atividade não pode esquecer que a mesma tem que incluir os três objetivos de
ensino-aprendizagem: assimilação, elaboração e recriação do saber. O conteúdo
a ser dado deve ser trabalhado de forma concreta e com significado para o
educando de acordo com a realidade que está inserida.
Quando o educando participa de
forma concreta e ativa, ele entende melhor o que o educador esta propondo
naquele momento.
Proporcionar aprendizagens
significativas em que o aluno poderá construir novos conhecimentos, mas sem
esquecer-se da bagagem de vivencias que ele já tem.
“Procedimentos de ensino-aprendizagem”
A participação direta ou
indireta do educando nos planejamentos auxiliará o educador a construir as
atividades. Os objetivos são pensar para repensar, repensar para agir e agir
para transformar.
Pensar, agir e transformar são
formas que iram contribuir para o desenvolvimento critico-reflexivo do
educando.
Elaborar atividades voltadas
para a realidade do educando, construir projetos adequados e do interesse da
criança, oportunizar momentos em que o educando possa se fazer ouvir.
“Avaliação da aprendizagem”
O principal objetivo da
avaliação não está em classificar o educando, mas dar instrumentos ao
educador que o ajude a melhorar o desenvolvimento das aprendizagens.
Essa nova forma de avaliar
surge para incluir o aluno e não para medir seus conhecimentos.
Observar o grupo e planejar
aprendizagens significativas de forma que os educandos sejam respeitados em
suas especificidades
Referencias:
Texto: Planejamento de Ensino um ato Político-Pedagógico de Rays.
Na interdisciplina do Seminário Integrador VII foi proposto fazer um resumo e releitura de textos que foram lidos em semestres anteriores. Através dessas releituras teríamos que construir um texto em sala, individual e avaliativo. Diante dessa tarefa percebi o quanto ainda tenho que aprofundar mais minhas leituras e minha escrita. Abaixo coloco o texto que produzi naquele dia .
Na
cena apresentada às professoras relatam o cotidiano de muitas escolas. Na
instituição em que eu trabalhava os professores acreditavam que as crianças só
podiam reproduzir algo, quando este copiava e quando demonstravam desinteresse
eram colocados na cadeirinha do pensamento. Muitas vezes eles mesmos faziam o
trabalho da criança por acharem que ficava mais bonito além de que alguns
tinham mais privilégios do que outros por serem crianças de poder aquisitivo
maior e as outras eram deixados de lado por serem pobres.
A
rotina das salas era muito repetitiva, todos fazia tudo ao mesmo tempo, isso me
lembra do conceito de Maquinaria escolar onde o professor deveria ser obedecido
sem ser questionada, a educação de qualidade quem recebia era os filhos dos
nobres e reis. A realidade da educação muitas vezes é está ele e somente ele
tem o conhecimento, nesta epistemologia diretiva o professor passa os conteúdos e o aluno copia
sem ao menos entender o que está sendo proposto. É importante as tarefas serem
propostas a partir dos interesses do aluno, mas têm que ser algo planejado, não
pode ser desorganizado, mas sim tarefas que busquem um aprendizado
significativo para ele.
“Uma questão muito debatida é
sobre a postura do professor, por exemplo, diante dos conteúdos escolares”. Mas
não se trata do saber para impor, submeter ou induzir uma criança. Em uma visão
não construtivista a resposta ou mensagem do professor é o que interesse. Em
uma visão construtivista, é a pergunta ou situação problema que ele desencadeia
nas crianças.” Macedo 1992.
Trabalhar
em uma escola em que os professores pensam de forma tradicional é muito difícil
quebrar essa linha de pensamento. É preciso fazer formações, reflexões sobre
outras formas de dar aula. Introduzir uma educação construtivista, e levar os
professores a pensarem mais no aluno de forma que eles proporcionem tarefas
instigantes em que o aluno se sentira motivado e curioso foi um caminho difícil
para mim como coordenadora dessa instituição em que trabalhava. Foram muitas
mudanças e nariz torcido. As salas começaram a ter outra aparência. Os
professore começaram a observar mais as crianças e projetos foram construídos a
partir do interesse das crianças.
Segundo
Freire(1991) O professor passa a ser um mediador, existe um diálogo entre
professor\aluno, os conteúdos estudados são propostos conforme interesse do
aluno. A escola referida dessa pedagogia, no mundo todo,é a escola da ponte,
voltada inteiramente para uma aprendizagem democrática e inclusiva.”
As
escolas democráticas são baseadas na liberdade,
acredita no sujeito como um todo e dentro desse conceito ele aprenderá e
se tornará um multiplicador de novos conhecimentos. É um espaço em que todos
participam ativamente, neste ambiente o aluno busca seu conhecimento
tornando-se autor de suas aprendizagens. As crianças de inclusão, conforme o
grau de deficiência é tratado igual a qualquer aluno. Nessa perspectiva de
aprendizado o aluno desenvolve a autonomia e estimula o desenvolvimento do
próprio aluno.
“...
Na escola britânica nenhum adulto impõe sua autoridade a criança. Hoje
administrada pela filha Neil Zoe Readhead, a escola tem 73 alunos
matriculados.” Revista Educação 2009.
Diante
da cena que foi descrita e dos conceitos estudos conclui-se que a educação
passou e têm passado por diversos conceitos. Os professores que querem e
acreditam em seu aluno procuram sempre estar atualizados em relação a propor
novas formas de aprendizagem, levando em conta que a criança não é uma folha em
branco, mas sim um sujeito quem carrega consigo uma bagagem de conhecimentos e
vivências.
Referência: MACEDO, Lino de. O
Construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade,
Porto Alegre, p.25-31, 01 jun. 1993. 18(1). Disponível
em: <https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional/>.
Acesso em: 10 abr. 2018.
Referência: VARELA, Julia et
al. A Maquinaria Escolar. Teoria & Educação, São Paulo, n. 6,
p.68-96, 1992. Disponível em:
<https://pt.scribd.com/doc/70553618/Julia-Varela-e-Fernando-Alvarez-Uria-Maquinaria-Escolar-1>.
Acesso em: 10 abr. 2018.
Um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e economicamente,mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte, se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado, se recebe cartas que outros lêem para ele, se dita cartas para alfabetizado as escreva..., se pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é de certa forma, letrado, por que faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura e de escrita ( Soares, Magda, p.24, 1998).
Com base em estatísticas o Brasil continua com um grande número de analfabetos. A escolarização de jovens e adultos passou por diversas transformações até chegar os dias atuais EJA ( educação de jovens e adultos). Nesse sentido todas as modalidades de ensino criadas para jovens e adultos foram criadas para resgatar aquele indivíduo que não teve acesso a leitura e a escrita e por um motivo ou outro tiveram que abandonar os estudos cedo demais. Dentro dessa reflexão a Educação de Jovens e Adultos é um caminho em que todas as pessoas de diferentes idades podem desenvolver diferentes habilidades numa troca mutua de experiências e vivências. Desse modo é importante relatar que a EJA representa uma divida do governo junto a esses indivíduos que muito cedo foram trabalhar para ajudar a família. Portanto um dos propósitos da Educação de Jovens e Adultos e a função Reparadora em que o sujeito é reconhecido como cidadão de direitos e deveres, podendo ter uma educação igualitária e de qualidade. Desse modo a EJA cria oportunidades em que esse estudante terá uma qualificação adequada para o mercado de trabalho e consequentemente conquistará seu espaço social na sociedade.No que se refere aos desafios da EJA podemos citar:
*acabar com a evasão escolar;
*criar métodos pedagógicos que desperte o interesse do aluno incentivando a compreensão e a construção do conhecimento;
*conscientizar a sociedade que os menos desfavorecidos também têm direito a educação de qualidade.
Logo concluí-se que a EJA é um direito de todos com o propósito de formar pessoas que exerçam sua cidadania diante da sociedade e que todo sujeito pode aprender e adquirir conhecimento e valores tanto no espaço escolar como fora dos muros da escola.
Referências:
Parecer CEB no 11/2000 Parecer Jamil Cury- Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA.
Friedrich, Marcia et al. Trajetória da escolarização de Jovens e adultos no Brasil: de plataformas de governo a propostas pedagógicas esvaziadas.
De acordo com alguns historiadores a preocupação com
a Educação é um assunto que já vem sendo discutido há séculos. Comênio, o pai
da didática, um professor que revolucionou a educação propondo diferentes
formas de ensinar e aprender. De acordo com Comênio, ele acreditava numa
educação para todos, igualitária, sem distinção de classe social ou sexo.
È inquestionável que os séculos passarão, houve
muitas transformações em relação à educação, a metodologia de ensinar mudou em
algumas escolas, professores se qualificaram, mas ainda há uma grande
preocupação de alguns professores. Dessa maneira se percebe que ensinar
reproduzir uma aula com informações pré-estabelecidas em que o aluno apenas
acumule as informações sem ao menos questionar o que está sendo proposto nos
dias atuais já não serve mais. É importante considerar que o aluno não é uma
tabula rasa, mas sim que ele já tem uma bagagem de vivências. Sabe-se que ainda
hoje ainda existem professores que ensinam de forma tradicional, onde o
educando recebe calmamente tudo que lhe é ensinado sem contestar, pois para ele
o professor é detentor do conhecimento. No entanto no meu cotidiano escolar
posso ver claramente o quanto o meu fazer pedagógico tem se transformado
através de leituras e reflexões feitas juntamente com minha formação em cursos
e faculdade. Minha didática é semelhante ao Pai da Didática no que se refere a
uma educação em que a criança deve ser respeitada, ouvida e acolhida. Acredito
numa educação em que o professor pode ser mediador do ensino-aprendizagem
promovendo atividades e brincadeira em que os alunos/crianças criem hipóteses
sendo protagonistas de seus conhecimentos.
Bibliografia:
Doll,Johannes, Rosa Russel Teresinha Dutra da. A metodologia tem história. In__(orgs). Metodologia de Ensino em foco: Práticas e Reflexões. Porto Alegre: UFRGS,2004,p.26-29.
Cada vez mais as Tecnologias digitais vem ganhando espaço no mundo. O homem tem descoberto diferentes de se comunicar desde o livro impresso até o aparecimento da era digital. Vivemos uma época em que a comunicação se faz urgente, onde o sujeito usufrui de diferentes formas de se comunicar, construindo novas aprendizagens tornando-se autor e protagonista de seu conhecimento. Desse modo percebe-se que no Brasil uma grande movimentação em relação as exigências de qualificação e formação de profissionais da educação. Assim como as grandes empresas pedem qualificação na área da tecnologia digitais, as escolas também incorporam essa ferramenta para auxiliar nos conteúdos de currículos dados em sala. Não resta duvida que o uso crescente dessa tecnologia: celulares, tablets entre outro tem qualificado a educação e modificado muito o fazer pedagógico de educadores e professores. Mas é importante salientar que a maioria dos professores aprendem a lidar com essas ferramentas sozinhas ou pagam por seu aprendizado, sendo que essa formação deveria ser ofertada por órgãos do governo, já que as tecnologias digitais fazem parte da vida escolar dos alunos e professores.
Desafios e atividades podem ser dosados, planejados e acompanhados e avaliados com apoio de tecnologias. Os desafios bem planejados contribuem para mobilizar as competências desejadas, intelectuais, emocionais, pessoais e comunicacionais. Exigem pesquisar, avaliar situações, pontos de vista diferentes, fazer escolhas, assumir alguns riscos, aprender pela descoberta, caminhar do simples para o complexo, (Moran,2015, p.18).
Dessa forma Moran nos faz refletir o quanto as tecnologias digitais podem auxiliar os professores nos projetos de aprendizagem qualificando o desenvolvimento de competências.
Cabe ressaltar que muitos desafios ainda estão por vir, o caminho é longo. É certo que a governança e os políticos garantam o acesso de todos a essas tecnologias digitais e que as escolas participem desse processo criando espaços para essa cultura digital.
Bibliografia:
Lopes e Schlemmer- A cultura digital nas escolas.
Tecnologias Digitais na Educação básica: desafios e possibilidades.
*Angela Nunes
*Franciely Fava
*Kátia Del Fabro
*Mara Barcelos
Na aula de Didática, planejamento e avaliação foi proposto a imaginarmos uma escola em outro planeta. Nosso grupo idealizou uma escola dentro de uma espaçonave. Essa escola espacial ira explorar galáxias, agregando diferentes culturas, conhecimentos usando uma pedagogia real, não estaria escrita só no papel mas sendo realizada em diferentes espaços, oportunizando o aluno a ter voz ativa em seu aprendizado. Portanto nossa escola interestelar tem a missão de despertar na criança a curiosidade de aprender novos saberes em que elas serão protagonistas no processo aprendizagem , interagindo e socializando com outras culturas os conhecimentos aprendidos.
A história da aquisição da linguagem data por volta do século VII a.c. Segundo pesquisas o ser humano adquire linguagem através do convívio co o outros seres humanos. A partir do século XX um novo estudo baseado em uma visão teórica behavorista acreditava numa linguagem por repetição, a criança aprendia através da imitação. Dentro desta hipótese behavorismo está o psicologo Skinner que defendia essa teoria behavorista mas com o avanço da Neurociências, a aquisição da linguagem ganha outro rumo dando lugar a novas descobertas. Outro fato importante também foi a teoria de Noam Chomsky acretiva que a aquisição da linguagem era inata nascia com o sujeito. Nos últimos anos estudos apontam que o bebe já nasce com a linguagem precisando apenas interagir com o ambiente para ampliar seu vocabulário. Portanto é importante que a criança durante seu primeiro ano esteja exposta em um ambiente linguístico. Entre a aquisição da linguagem, está o choro do bebe que é a primeira forma linguística do ser humano, é o meio de comunicação e interação com o mundo ao seu redor. A criança aprende ouvindo e interagindo n ambiente familiar, elas constroem uma linguagem própria, não é certo do ponto de vista convencional mas um caminho na construção da fala.
Referências: Aquisição da Linguagem, Silva, Samanta Demetrio da,
Democracia um regime de governo onde o povo tem voz
ativa e elegem seus representantes por meio de voto. Todo tem direitos de
deveres de participar sendo que o sistema político protege os direitos e
liberdade de todos os cidadãos. Portanto uma escola democrática é aquela que
oportuniza um espaço de aprendizagem, socialização articulando atividades em
que o aluno/criança possa sentir-se protagonista de sua aprendizagem. Mas no vídeo Escolas
Democráticas nos mostra um desconcertante déjá vu, um replay do que acontece em
muitas escolas até hoje. Os alunos que aparecem nas cenas fazem tudo ao mesmo
tempo, seguindo uma rotina onde os alunos absorvem exatamente tudo que os
professores colocam no quadro e eles
passivamente copiam sem questionar.
“Pobre professoras, também engaioladas... São
obrigadas a ensinar o que os programas mandam sabendo que é inútil. Isso é um
hábito velho das escolas. (Rubem Alves)”.
O vídeo mostra claramente uma educação engessada
totalmente voltada para o Autoritarismo. Acredita numa aprendizagem Empirista,
a criança é uma tabula rasa, seu desenvolvimento intelectual pode ser modelado.
Neste caso a escola é muito tradicional demostrando uma educação bancaria, o
ensino centrado no professor. Vídeo
mostra muitas cenas em que o aluno apenas tem o dever de obedecer sem
questionar. Um grupo de alunos discutem sobre determinado assunto tentam demostrar suas ideias para o professor
e este repassar para o diretor. Mas como toda escola que não concebe o aluno
como detentor de conhecimento, jogou as ideias dos alunos no lixo, reprimindo
assim o processo de construção daquele grupo.
“Um dos grandes pecados da escola é desconsiderar
tudo aquilo com que acriança chega a ela”. A escola decreta que antes dela não
há nada. (Paulo Freire)”
Apesar de estarmos sempre em constante formação,
ainda há professores que vivem um retrocesso na educação, com suas aulas
expositivas, tradicionais em que o aluno não tem voz ativa na escola sendo
apenas uma folha em branco onde o conhecimento tem se tornado cada vez mais
conteudista. O vídeo foi muito reflexivo no sentido de repensarmos no nosso
fazer pedagógico e em como quero ser: Um professor castrador ou um professor
que estimula seu aluno a buscar conhecimento e se sente feliz com as
descobertas de seus alunos
“Não me dizem se as escolas são gaiolas ou asas. Mas
eu sei que há professores que amam o voo de seus alunos.
Há esperança... Rubem Alves
Referências
Alves, Rubem Gaiolas ou asas?
Becker Fernando , Marques, Tania Beatriz Iwaszko, Aprendizagem Humana: Processo de
construçã.